Ligação com Cachoeira corta cabeça na Globo

“Os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – demitiram em silêncio para não passar recibo.”

Flagrado em interceptações telefônicas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, o diretor da revista Época em Brasília, Eumano Silva, foi demitido do cargo nesta terça-feira, dia 3 de julho. No grampo da PF, divulgado pela revista CartaCapital, (aqui para ler) Silva, usando o codinome “Doni”, aparece negociando com o araponga Idalberto Martins, o Dadá, matéria contra uma empresa concorrente da Delta, empreiteira que está no centro dos negócios da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O jornalista Diego Escosteguy, que estava em Nova York, irá assumir o cargo de diretor da sucursal de Época na capital federal.

Em tempo: os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – demitiram em silêncio para não passar recibo.

Como se sabe, eles mandaram o Michel Temer seguir uma linha na CPI: quando ouvir falar em Veja, leia imprensa; quando ouvir falar em imprensa, leia Globo.

Bendita CPI.

Desmoraliza os aloprados a serviço do Cerra; TV Record mela o mensalão; e até o PiG (*), o Valor, chega à conclusão do Mino: o mensalão não se prova.

Em tempo2: Do Facebook do novo chefe da Globo em Brasilia, esse da “corrupção impera”. É um “ousado”:

Diego Escosteguy há 15 horas:
"Pequena novidade: assumi a direção da sucursal de Brasília da revista Época. Vou ajudar o time a somar três pontos, ao lado dos intrépidos Andrei Meireles, Murilo Ramos, Leandro Loyola, Marcelo Rocha e Leonel Rocha. Contamos com a colaboração – e a cobrança – de vocês. Do nosso lado, não faltará trabalho, empenho, vibração. E, ouso dizer, bom jornalismo."

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista.

Fonte: Paulo Henrique Amorim, no site Conversa Afiada