China não busca hegemonia, diz vice-presidente

Em discurso, o atual vice-presidente da China, Xi Jinping, garantiu que Pequim em nenhum momento forçará que suas vontades sejam aceitas pelo resto do mundo. "A China nunca imporá nada. O poder do país não é algo a ser temido. Não buscaremos a hegemonia nem mesmo quando alcançarmos o desenvolvimento pleno", declarou Xi.

"A China sempre esteve comprometida com o desenvolvimento econômico, a paz mundial e o avanço da humanidade", completou o vice-presidente chinês. Xi deu essas declarações durante o discurso de abertura do Fórum da Paz Mundial na Universidade de Tsinghua, realizado neste fim de semana em Pequim e que conta com a presença de mais de 100 diplomatas e docentes de vários países.

Xi reiterou que a China continuará com sua luta para que os países emergentes tenham um maior papel em instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), na qual Pequim já desempenha um papel importante.

"A China participará de forma ativa na reforma do sistema internacional para governar, visando o objetivo de conseguir uma ordem política e econômica mundial mais justa e equitativa", declarou.

Para o vice, uma nação deve deixar os outros países se desenvolverem ao buscar seu próprio desenvolvimento. "É preciso dar segurança aos outros enquanto se busca sua própria segurança. É necessário permitir que os outros levem uma vida boa enquanto se busca seu próprio bem-estar".

Ele apontou que nenhum país pode ficar fora do assunto diante dos desafios de segurança, nem pode ter a segurança absoluta somente com esforços próprios. Todos os países devem apertar as mãos para criar um ambiente regional e internacional harmonioso e estável. Na opinião do vice-presidente, o desenvolvimento, igualdade, confiança mútua, cooperação e inovação são bases importantes para realizar um ambiente mais seguro.

O Fórum Mundial da Paz é o primeiro evento não governamental de alto nível sobre a segurança internacional organizado pela China. O tema é paz, segurança e cooperação.

A atual segunda economia do mundo observa de perto a situação financeira dos Estados Unidos e da União Europeia (seu principal parceiro comercial) e está tomando medidas para potenciar a demanda interna e evitar o que poderia ser, de acordo com muitos especialistas, uma freada brusca de seu crescimento.

Com Efe e CRI