Brizola Neto: 1932 foi guerra da elite de SP contra trabalhadores

O ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou nesta segunda-feira (9) que a Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma guerra da elite de São Paulo para tentar impedir a ampliação dos direitos dos trabalhadores.

Ele fez as críticas em visita à capital paulista no dia em que o movimento completa 80 anos.

"O dia 9 de julho, que foi comemorado pelos grandes jornais paulistas como se fosse uma grande vitória da democracia, nada mais foi do que uma grande tentativa de retrocesso do processo de ampliação dos direitos e garantias dos trabalhadores iniciado pelo presidente Getúlio Vargas", afirmou.

"32 na verdade não era um movimento paulista. Era um movimento da elite paulista que não compreendia e não aceitava o avanço nos direitos dos trabalhadores. Tanto é que os trabalhadores paulistas elegeram Vargas presidente da República [em 1950] e senador por São Paulo [em 1946]", disse.

Brizola Neto discursou na 11ª abertura do congresso nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Sua crítica ao Nove de Julho foi aplaudida por parte da plateia de sindicalistas. Os demais permaneceram em silêncio.

O ministro é neto do ex-governador Leonel Brizola, um dos principais herdeiros políticos de Vargas.

Fonte: UOL