China reforça vigilância nas zonas produtoras de terras raras

A medida faz parte do esforço do governo chinês para combater atividades de exploração ilegal destes recursos e consequentemente reduzir a poluição ambiental.

De acordo com o vice-ministro da Terra e Recursos Naturais, Wang Min, a meta do mecanismo de supervisão é regularizar o mercado de exploração de terras raras e promover um desenvolvimento coordenado do segmento.

"Apertaremos a permissão de entrada de novas empresas na exploração deste recurso, eliminaremos unidades de produção obsoletas, regularemos atividades de exploração, e promoveremos a autodisciplina do setor. As vinte cidades e comarcas combaterão juntas a exploração ilegal de terras raras."

A poluição causada pela exploração de terras raras despertou a atenção nacional, de acordo com o alto funcionário do Ministério da Proteção Ambiental, Chen Yongqing.

"A exploração de terras raras é um segmento de alto consumo de recursos naturais. Existe grande emissão de poluentes o que traz impactos negativos à terra, plantas, água e ar. Parte das empresas do setor estão ameaçando gravemente a segurança do meio ambiente."

Ainda segundo Chen Yongqing, a China já anunciou a entrada em vigor do Critério Nacional para a Emissão de Poluentes Industriais por Terras Raras. 56 empresas chinesas cumpriram as exigências ambientais estipuladas no documento.

A China é o maior país produtor e explorador de terras raras, possuindo 23% do recurso total no planeta e respondendo por 90% do fornecimento mundial. A exploração excessiva e os problemas ambientais ligados a esta atividade são cada vez mais evidentes.

Pequim publicou, em junho deste ano, um livro branco no qual declara que a China não apoia o desenvolvimento do setor quando esse desenvolvimento implica sacrifícios ambientais. As autoridades chinesas ressaltaram em várias ocasiões que o reforço da administração da exploração de terras raras visa proteger o meio ambiente e os recursos naturais, sendo um ato responsável não só para o crescimento da China, mas também para o desenvolvimento mundial.

Em relação às críticas que se fizerem ouvir por alguma mídia estrangeira, o vice-secretário-geral da Associação Chinesa para Terras Raras, Zhang Anwen, sugeriu uma troca de posições.

"Sacrificamos o nosso céu azul, nuvens brancas e água limpa para fornecer 90% das terras raras do mercado mundial. A mídia estrangeira acha que a exploração de terras raras não causa um impacto tão negativo no nosso meio ambiente. Será que pensariam o mesmo se tal se verificasse nos seus países? Para mim, temos toda razão ao procurar fomentar a supervisão no setor."

Fonte: Rádio Internacional da China