Marco Maia crê em acordo para votar a LDO nesta terça-feira

O presidente da Câmara, Marco Maia, tem a expectativa votar nesta terça-feira (17) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013. "Eu diria que estamos muito perto de um acordo. Nós tivemos um desacordo com o DEM, mas temos entendimento já com boa parte dos partidos de oposição e de boa parte da base aliada da presidenta Dilma, o que nos garante uma convicção de que vamos poder votar as duas MPs [do Plano Brasil Maior] e a LDO", disse Maia.

As tentativas de analisar a LDO foram frustradas até agora pela oposição, especialmente o DEM, que cobra do governo federal o cumprimento do acordo de que seriam liberados, para cada parlamentar da oposição, R$ 1,5 milhão em emendas parlamentares e R$ 1 milhão em emendas da saúde, além dos restos a pagar. Até o final da semana, os deputados de oposição disseram que o dinheiro não havia sido registrado no Siafi, o sistema de acompanhamento dos gastos orçamentários.

O governo, por outro lado, diz que o ajuste será feito, mas que ainda depende de entraves burocráticos, especialmente no caso dos recursos da saúde, cujos empenhos dependem de parecer técnico prévio sobre os projetos das prefeituras. As emendas parlamentares são recursos que os deputados direcionam para projetos e ações em suas bases eleitorais.

Quórum

Os descontentes também incluem o PR, que não faz parte mais da base do governo, mas costuma apoiar as indicações governistas. O PDT, parte da base, também anunciou a pretensão de obstruir as votações da Comissão Mista de Orçamento.

Se o impasse for mantido, o desafio do governo será garantir a presença dos parlamentares para superar a obstrução dos oposicionistas e garantir as votações. Na Comissão de Orçamento, são necessários pelo menos 16 deputados e seis senadores. O Plenário requer o comparecimento de, no mínimo, 257 deputados e 42 senadores.

Pontos polêmicos

A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem como principal finalidade orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual. Alguns pontos do texto do relator, senador Antonio Carlos Valadares (PSDB-SE), ainda devem ser negociados com a oposição na próxima semana.
É o caso, por exemplo, do dispositivo que autoriza a execução integral de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no próximo ano, mesmo na ausência de lei orçamentária sancionada até 31 de dezembro. Outro ponto polêmico é o que obriga a Lei Orçamentária a estabelecer o valor que será pago aos estados como compensação pelas perdas decorrentes da isenção de ICMS prevista pela Lei Kandir.

Com agências