Escândalos de corrupção na FIFA continuam

O presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Joseph Blatter, disse que o seu antecessor, João Havelange, tem que deixar o cargo de presidente honorário da organização, que ocupa desde 1998.

Nesta semana foram publicados os resultados das investigações do caso de corrupção na FIFA relacionada com a empresa ISL.

De acordo com estes dados, de 1992 a 1997, João Havelange e o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, receberam um total de US$ 14,5 milhões de subornos da empresa ISL, em troca de contratos lucrativos para transmitir a Copa do Mundo.

João Havelange foi presidente da FIFA de 1974-1998 e, após deixar seu posto, se tornou presidente honorário da organização.

Joseph Blatter em entrevista à imprensa suíça declarou não estar envolvido nesse negócio corrupto e pediu o afastamento de Havelange, que atualmente tem 96 anos de idade.

O presidente do Sindicato de Jogadores e Treinadores de Futebol da Rússia, Vladimir Leontchenko, comentou as declarações de Blatter:

"Eu acho que esta declaração de Joseph Blatter está relacionada com o fato de a FIFA querer mostrar que está lutando ativamente contra a corrupção dentro de casa. Recordamos-nos muito bem que, depois de terem sido declarados os países vencedores para sediar o campeonato mundial em 2018 e 2022 foram dadas várias informações negativas sobre os membros do Conselho, houve demissões. Existe até um movimento como Transparência na FIFA, que está lutando pela pureza da organização. E eu acho que essas declarações de Blatter estão relacionadas com o fato de mostrar que a FIFA está realmente lutando contra a corrupção na sua organização."

Note-se que em dezembro de 2011 João Havelange deixou outra organização esportiva — o Comitê Olímpico Internacional, onde estava desde 1963. Acredita-se que a razão desta decisão tenham sido as alegações de corrupção enquanto trabalhava na FIFA.

Fonte: Voz da Rússia