Fundação Maurício Grabois lamenta morte de Aloísio Teixeira
Morreu na manhã desta segunda-feira (23) o economista Aloísio Teixeira, ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele tinha 67 anos e sofreu um enfarte fulminante, quando estava em casa, em Ipanema, com a mulher, a economista Beatriz Azeredo. Aloísio tem cinco filhos e quatro netos.
Publicado 23/07/2012 13:01

O atual reitor Carlos Levi disse através de uma nota publicada no site da UFRJ que, “o professor Aloísio imprimiu à UFRJ a marca do diálogo, da preocupação com o acesso universal ao Ensino Superior e, sobretudo, da reflexão, características de sua longa trajetória na administração pública e no ensino. Para ele, as Ciências Humanas e Sociais deveriam ter a centralidade no processo de reestruturação da Universidade, instituição indispensável para a construção de um projeto nacional sólido para a nação”.
Na texto publicado pela Fundação, foi ressaltado que Aloísio como educador e reitor, “dedicou o melhor de sua vida para fortalecer a universidade pública como instrumento da formação intelectual e profissional dos brasileiros, e alavanca para o desenvolvimento do país.”
Os laços com o marxismo também foram lembrados, o que, para a Fundação, fez de Aloísio um cidadão que tomou partido em defesa da democracia e da soberania nacional, “e engajou-se pela conquista de uma nova sociedade, justa, solidária, na qual o povo e os trabalhadores tenham uma vida digna e feliz”.
Assinada pelo presidente Adalberto Monteiro, a nota valoriza o legado deixado pelo professor, "suas ideias, lutas e realizações continuará alimentando a jornada para fortalecer a universidade pública do nosso país e impulsionar o ânimo da luta pela construção de um mundo novo de progresso, paz e solidariedade”.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, também publicou uma nota de pesar em blog. Para Renato, Aloísio Teixeira desde quando estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro esteve a serviço da luta pela justiça social e pela democracia brasileira.
"Ao lado de seu pai e de vários outros dirigentes políticos soube articular uma ampla frente política que procurou construir a resistência democrática contra as forças golpistas e reacionárias que tramavam contra o Brasil e contra a liberdade. Sua vida e suas ideias continuarão a iluminar o caminho para a consolidação de um novo projeto nacional de desenvolvimento em nosso país", comenta o dirigente comunista.
O corpo de Aloísio Teixeira será velado até as 18h desta segunda-feira, no átrio do Fórum de Ciência e Cultura, no Palácio Universitário do campus Praia Vermelha da UFRJ. A cerimônia de cremação será nesta terça-feira, às 10h30, no crematório do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
De São Paulo,
Kerison Lopes