Coreia Popular acusa EUA de prolongar conflito na região
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia divulgou, nesta sexta (26), uma declaração, na qual cobra que os Estados Unidos parem de hostilizar o país. "A política hostil dos EUA para a RPDC se manifesta tipicamente em prolongar o estado de beligerância, espapando obstitnadamente de assinar um acordo para a paz na Península Coreana", diz a nota.
Publicado 26/07/2012 12:26
Segundo a Coreia, após 59 anos da assinatura do Acordo de Armistício da Coreia, "a guerra ainda não terminou no sentido legal". A chancelaria acusa os Estados Unbidos de empreenderem um caminho para prolongar intencionalmente o estado de armistício.
"Em novembro de 1953, os EUA aprovaram 'Resolução NSC 170 do Conselho de Segurança Nacional', na qual definiu como objetivo final conseguir a "reunificação pró-ianque" na Península Coreana e politizou a conversão da Coreia do Sul em seu "aliado militar", mantendo o sistema de armistício até que fosse alcançada essa meta", diz o texto da Coreia.
Segundo a chancelaria, nesse sentido, "os EUA frustraram a reunião de Genebra convocada para dar solução pacífica ao problema coreano, introduziram em grande medida no territporio sul-coreano as armas nucleares e modernos armamentos, violando o Acordo de Armistício, e realizou incessantemente os exercícios de guerra de vários tipos".
A Coreia acusa ainda os Estados Unidos de terem aumentado a ameaça militar e nuclear, invalidando os artigos do acordo, o que teria obrigado o país a possuir também armas nucelares – como forma de defesa.
"Graças à política de Songun e aos efeitos dissuasivos da guerra das forças nucleares para a autodefesa da RPDC, não se desata a segunda guerra na Península Coreana, que se encontra no estado de confrontação militar mais aguda do mundo. Os países desprovidos de armas nucleares são vítimas, sem exceção, das manobras de intervenção militar das forças hostis que visam a derrubada de regime. Esta é uma realidade inegável deste século", completa a declaração.
A chancelaria afirma que, "enquanto os EUA, primeira potência nuclear do mundo, hostilizar a RDPC, esta não renunciará nunca em primeiro lugar à sua dissuasão nuclear".
O ministério das relações Exteriores declara ainda que, se os EUA tivessem cumprido fielmente seus compromissos, "se teria conseguido uma paz duradoura na península coreana e não teria agravado a situação à beira da guerra nuclear como hoje".
"A RPDC insiste invariavelmente em resolver o problema através de conversações e negociações. Mas o balanço da história armistício de quase 60 anos mostra que, enquanto os EUA não abandonarem sua política hostil, qualquer diálogo resultará na 'conversa pela conversa'".
O Coreia Popular defende que, em vez de prometer verbalmente, os EUA devem promover com ações práticas, "como tomar a corajosa decisão de substituir o Acordo de Armistício pelo de paz, sem qualquer pretexto ou condição".
"A RPDC tem uma maneira de resolver o problema mediante a assinatura do acordo de paz com os EUA e outra (Coreia) para estabelecer uma paz duradoura, eliminando pela a fonte de guerra na Península Coreana. A decisão deve ser tomada pelos Estados Unidos", encerra o texto.