Fernando Henrique Cardoso, o entreguista do ano

FHC recebe prêmio por entregar o Brasil aos interesses privados norte-americanos
Dia desses o príncipe dos sociólogos recebeu um prêmio nos EUA, e esse evento me fez lembrar outros dois episódios.

Por Por Rafael Patto (*)

Fernando Henrique Cardoso: Dependência do Norte!

Em 2010, FHC foi homenageado com o prêmio “Roberto Campos”, também conhecido como “Bob Fields”.

Roberto Campos foi ministro e embaixador da ditadura. O apelido carinhoso pelo qual passaria a ser conhecido lhe foi dado em razão da sua afeição às idéias norte-americanas e à defesa dos interesses de Washington aqui na Terra Brasilis.

Esse prêmio evoca toda uma história de traição à pátria e de servidão ao imperialismo, e na verdade é uma homenagem à estranha satisfação que essa gente consegue sentir em vender sua alma.

O vencedor do prêmio poderia ser anunciado como “o capacho fiel” ou ainda “o entreguista do ano”, o que, aliás, não se aplicaria ao caso específico de FHC, uma vez que ele recebeu esse prêmio em reconhecimento ao “conjunto de sua obra”, ou seja, não foram as proezas conseguidas em um único ano, mas toda uma vida de devoção e serviços prestados ao governo e às corporações empresariais estadunidenses é que foi homenageada pela oferta de um prêmio batizado com o nome de um ditador.

Justíssima homenagem. Afinal, FHC sempre foi um agente do subdesenvolvimento brasileiro e latino-americano. Um entusiasta da dependência econômica, um saudosista do colonialismo. Desde suas monografias nos seus tempos de USP, em que defendia teses furadas contra a emancipação nacional e a favor do atrelamento do Brasil aos EUA, até seus oito anos como usurpador do cargo de presidente da República, cadeira na qual se sentou apenas para desempenhar funções típicas de um reles despachante de Washington em Brasília, FHC sempre atuou em defesa da ingerência dos EUA nos assuntos típicos do Governo e do Estado brasileiros.

Por essas razões é que diferentemente de Lula, que sempre será lembrado nos capítulos mais gloriosos da história ao lado dos grandes estadistas e líderes mundiais que lutaram por causas nobres e em defesa de seu povo, como Nelson Mandela, Salvador Allende, Mahatma Gandhi, Ho Chi Min, Yasser Arafat, entre tantos outros que inspiram a humanidade, FHC merecerá apenas algumas notas de pé-de-página que serão divididas com figurinhas como Alberto Fujimori, Carlos Menem, Gonzalo Sanches de Lozada, Carlos Salinas de Gortari, e outros exemplares do que há de mais vergonhoso para a espécie humana, e que demonstram o nível inacreditável de indignidade e baixeza moral que um ser pode alcançar em vida.

O outro evento foi um fórum promovido pelo Instituto Millenium em Belo Horizonte, também no ano de 2010.

Naquela ocasião, o Instituto – formado pelas lideranças do PSDB, que se reúnem para discutir o sexo dos anjos e para defender o atraso, as trevas e o obscurantismo – prestou homenagem a Roberto Civita, diretor da Editora PRIMEIRO DE Abril, responsável pela publicação mais mentirosa do Brasil, a Revista Veja.

Os organizadores do encontro, que aconteceu num hotel na Zona Sul da capital mineira, prepararam uma singela mesinha para pôr à mostra alguns badulaques que eram vendidos como souvenires. Adesivos para idolatrar o capitalismo (com a própria palavra “Capitalismo” grafada como os caracteres de Coca Cola), um livro dedicado a cozinhar ataques ao projeto progressista da esquerda latino-americana, e camisetas também para saudar o capitalismo, no mesmo molde dos adesivos, ou então para homenagear o mentor dessa seita, justamente ele: Roberto Campos, cuja face estampada nas camisas era devidamente identificada pelo codinome Bob Fields.

Ele que é um dos baluartes do Instituto Millenium por ter deixado para essa turma lições preciosas de como ficar de quatro para o Tio Sam montar confortavelmente no nosso lombo.

Falando muito francamente, eu sinto uma enorme vergonha dessa gente.

(*) Rafael Patto é defensor público no Estado de Minas Gerais.

Fonte: Correio do Brasil

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