Haddad apresenta "ambicioso" projeto de desenvolvimento para SP

A coligação Para Mudar e Renovar São Paulo (PT, PCdoB, PSB e PP) lançou nesta segunda-feira (13) o Plano de Governo da candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. As diretrizes do programa, desenvolvidas por especialistas e militantes de diferentes frentes de atuação social e regiões da capital, consolida propostas para administrar a cidade nos próximos quatro anos.

O programa oferece uma visão de futuro da cidade e expressa como São Paulo deve se desenvolver do ponto de vista urbanístico, econômico, social, cultural e ambiental. Haddad definiu o projeto como o “mais ambicioso que São Paulo já conheceu”. Ele afirmou que a proposta vai fazer a capital paulista “se reencontrar com a beleza, perdida com as duas últimas administrações”.

Ao longo de mais de duas horas, Fernando Haddad apresentou os principais pontos do plano de governo. O principal mote do plano da candidatura do ex-ministro da Educação é o desenvolvimento urbano – a elaboração foi feita com base no Arco do Futuro, conjunto de avenidas que circundam a cidade e que serão tratadas como prioridade para reorganizar a ocupação da capital

Segundo ele, o conjunto de obras de infraestrutura (incluindo avenidas, corredores de ônibus, piscinões e outras intervenções) deverá custar R$ 20 bilhões em quatro anos.

Quando falava sobre propostas para mobilidade urbana, Haddad comentou a falta de investimentos do metrô. E destacou que, a cada eleição, a administração do PSDB “distribui tapumes pela cidade”, dando a impressão de que novas linhas são construídas. “O fato é que desde 2010 não há ampliação de verdade nas linhas do Metrô em São Paulo”, afirmou. “Esse é o ritmo tucano de governar.”

Haddad também destacou o bilhete único mensal, proposta que já vigora em países da Europa e que foi atacada por correligionários do candidato do PSDB, que acreditam ser um “retrocesso” a criação de uma tarifa única mensal que permita o uso do transporte público por um mês. “Curioso notar que eles alegam que é retrocesso algo que já existe há décadas em alguns países“, disse Haddad.

O candidato também rebateu a alegação dos tucanos de que o bilhete único mensal não poderia ser expandido para Metrô e CPTM. “Fazem agora como quando a prefeita Marta anunciou a implantação do bilhete único na cidade. Já está feito desde já o convite ao Metrô e à CPTM para que se implante a integração do bilhete único mensal com essas redes de transporte”, afirmou. “É sempre assim: quando a gente lança uma boa ideia, eles são contra. Quando lançamos o ProUni, eles entraram na Justiça para tentar derrubar o projeto, que hoje é um sucesso”, disse.

Ele atacou ainda o fato de a gestão Serra/Kassab não buscar parcerias com o governo federal, como na área de mobilidade urbana.