Jornal The Guardian afirma que Equador dará asilo a Assange
Segundo o jornal britânico The Guardian informou nesta terça-feira (14), o presidente do Equador, Rafael Correa, concordou em dar asilo a Julian Assange. O jornal aponta autoridades do governo equatoriano como fontes.
Publicado 14/08/2012 17:42
Assange, um dos fundadores do site de vazamentos de documentos secretos WikiLeaks, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho, quando oficialmente solicitou asilo político ao país latino-americano.
O Reino Unido o mantinha prisioneiro para responder a um processo de violência sexual emitido pela justiça sueca, que já havia solicitado sua extradição.
"O Equador vai dar asilo a Julian Assange", afirmou uma autoridade na capital equatoriana de Quito, próxima das negociações.
Na segunda-feira, Correa disse à TV estatal que decidiria nesta semana sobre o pedido de Assange. O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, declarou antes que seu país anunciaria a decisão sobre o asilo após o fim dos Jogos Olímpicos de Londres.
Nas últimas semanas, a mãe de Assange, Christine, visitou o Equador, onde se reuniu com Correa e com o jurista espanhol Baltasar Garzón, que comanda a defesa de seu filho.
Baltasar Garzón afirmou em Quito que Assange está desamparado pela falta de informação dos Estados Unidos sobre as acusações que atribui ao ativista político.
"As acusações são secretas e a impotência é absoluta", afirmou Garzón, acrescentando que Assange está sendo processado por um júri em sessão fechada no Estado da Virgínia.
Segundo o chanceler equatoriano, o governo do Equador pediu à Suécia que ouvisse o depoimento de Assange na sede de sua embaixada em Londres, mas Estocolmo recusou a proposta.
Assange afirma que a Suécia pode agir como um degrau, de onde seria entregue aos Estados Unidos, onde é acusado de espionagem depois da divulgação em seu portal na internet de informações e documentos confidenciais do departamento de Estado americano sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, acusação pela qual pode ser condenado à morte.

Cartazes diante da Embaixada do Equador em Londres pedem a libertação de Julian Assange
Do Portal Vermelho, com agências