Paes: 95% das obras para Olimpíada estão em andamento

Paes citou o corredor expresso de ônibus Transcarioca, cujo orçamento, segundo ele, é de R$ 1,6 bilhão. Ele citou também uma arena provisória para natação, que ainda não foi licitada. A parte do orçamento que não seria possível mensurar os custos, explicou.

"Eu sei o preço de projetos pontuais, mas há locais que ainda não estão com projeto pronto e por isso não vou chutar", disse e afirmou que a maior parte dos equipamentos olímpicos serão feitos com dinheiro privado, por meio das PPPs (Parcerias Público Privadas).

"Em Londres, a maior parte foi paga com dinheiro público. No Rio, vamos usar dinheiro da iniciativa privada para construir, por exemplo, o parque dos atletas", afirmou.

Críticas

Ele rebateu as críticas sobre a questão das milícias no Rio de Janeiro e chamou de levianas as afirmações sobre sua suposta responsabilidade no crescimento das cooperativas de vans na cidade, apontadas como o braço econômico dos grupos: "só pode ser desespero eleitoral. Eu adotei nessa campanha uma estratégia de não rebater críticas, mas para leviandades fica difícil não dar uma resposta", afirmou Paes.

Na sabatina Folha/UOL desta quinta-feira (30), o candidato Marcelo Freixo (PSOL) o acusou de ser responsável pelo crescimento das milícias no Rio.

Paes disse que o governo não tem feito mais licitações para cooperativas de vans. O prefeito disse que no Rio, o sistema que está em curso é o de licitações individuais, que em teoria enfraquece as cooperativas. Mesmo com as licenças individuais, admitiu, há a possibilidade de formação de grupos de controle do transporte.

"Em várias cidades, como São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, licitaram sistema de vans por cooperativas. Sob o ponto de vista técnico é o melhor, mas o Rio tem essa particularidade. Todas as vans que estão aí têm licenças individuais, o que não impede a formação de cooperativas", disse.

Pesquisa

De acordo com a última pesquisa do Datafolha, Eduardo Paes tem 53% das intenções de voto na capital, contra 54% da pesquisa anterior. O segundo colocado, Marcelo Freixo (PSOL), subiu três pontos percentuais desde o último levantamento e alcançou 13%.

Em terceiro lugar estão os deputados Rodrigo Maia (DEM), com 5%, Otávio Leite (PSDB), com 3% — ambos oscilaram negativamente um ponto percentual em comparação com o último levantamento. Cyro Garcia (PSTU), Aspásia Camargo (PV), Fernando Siqueira (PPL) e Antônio Carlos (PCO) mantiveram, cada um, 1%.

Declararam que votarão em branco ou nulo 13% dos entrevistados. Afirmaram não saber quem escolher 10% — contra 8% no último levantamento. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Com Folha de S. Paulo