FAO: Investir em pequenos produtores para evitar crise alimentar
A alta nos preços representa risco de uma nova crise alimentar mundial, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em com outras entidades internacionais. A quebra de safra das principais regiões produtoras do mundo é apontada como a principal ameaça.
Publicado 07/09/2012 12:46
O atual ritmo de produção corresponde à demanda por alimentos, ração e combustível, mas não tem condições de suprir as necessidades futuras do planeta, que ganha 80 milhões de novos habitantes a cada ano.
Produtores de cereais de diferentes regiões do mundo acumulam prejuízos devido à forte seca. Segundo reportagem da Agência Brasil, nos Estados Unidos , os agricultores estimam perdas de até 30% com a estiagem deste ano. Os prejuízos podem ultrapassar a marca das 130 milhões de toneladas. As lavouras mais comprometidas são as de soja e milho.
Além das mudanças climáticas, a FAO teme que os altos preços possam inviabilizar a chegada dos alimentos em países mais pobres e dependentes da importação. O relatório apontaram como estratégias de solução maior investimento nos pequenos produtores de alimentos.
A proposta é aumentar a produtividade nesse setor e facilitar o acesso aos mercados para evitar que ocorra o mesmo que em 2007. Naquele ano, os níveis de produção e estoque baixaram drasticamente, levando países a restringir o consumo e adotar políticas de subsídio e estímulo à exportação.
Fonte: Rádio Agência NP