Brasil participa de iniciativa da ONU em defesa da educação

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participa nesta quarta-feira (26), em Nova York, do lançamento da iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) denominada Education First, destinada a promover a educação como direito universal. O objetivo é centralizar o tema na agenda internacional, com ênfase no papel da educação no fortalecimento de iniciativas individuais e coletivas em face de crises conjunturais e globais.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que coordenará os trabalhos da proposta, avalia que o projeto pode contribuir de forma significativa ao elevar o perfil político do tema educação e mobilizar os participantes de forma conjunta e abrangente.

Para assegurar a visibilidade e o êxito da proposta entre líderes governamentais, o secretário-geral pretende indicar um grupo de trabalho para desenvolver iniciativas pela educação, a ser composto por dois chefes de estado ou de governo de cada região do planeta. A ONU considera importante a participação brasileira, não apenas pela crescente projeção do país no cenário mundial, mas pelo interesse conferido pelo governo brasileiro ao tema.

Ban Ki-moon destaca a importância de preservar orçamentos públicos em educação, principalmente diante de medidas de austeridade financeira. A ideia é também encorajar e estimular um movimento global no sentido de melhorar a qualidade da educação, ampliar a inclusão educacional e obter ganhos também no plano do desenvolvimento sustentável. Há ainda a preocupação de gerar recursos adicionais, nos estados-membros, para o desenvolvimento do setor educacional.

Boa educação

O lançamento, que faz parte dos debates da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que se realiza esta semana em Nova Iorque, procura posicionar a educação no centro dos esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), definidos na Declaração do Milênio da ONU, adotada pelos 191 estados-membros em setembro de 2000.

Assegurar que todas as crianças estejam nas escolas, aprimorar a qualidade da educação e promover cidadania global são as três áreas prioritárias para a atuação das Nações Unidas. Para cada uma delas serão determinadas metas específicas, além das já estipuladas, a serem alcançadas no período até 2015.

Entre as metas, estão os compromissos de garantir que as escolas sejam equipadas com recursos adequados de aprendizado; de proteger professores e crianças em áreas afetadas por conflito; de reduzir pela metade o número de adolescentes sem acesso ao ensino de segundo grau e desenvolver métodos pedagógicos integrados às tecnologias de informação e comunicações.

Da Redação em Brasília