Manuela afirma que ‘paixão’ por Porto Alegre é ousar no cotidiano
Única mulher na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, a candidata Manuela D’ Ávila (PCdoB) acredita que a administração municipal deve ser mais ousada e empreendedora na busca por investimentos e turistas numa cidade bem cuidada e bonita."Paixão acomodada pela cidade é relação que acaba”, disse em debate com os principais adversários nesta quarta (26), na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre.
Publicado 27/09/2012 16:17
Recebida pelo presidente do CDL, Gustavo Schifino, Manuela participou de discussão promovida pela entidade entre os candidatos melhor pontuados na corrida eleitoral. No embate com Adão Villaverde e o atual prefeito José Fortunati (PDT), a candidata da coligação Juntos por Porto Alegre reafirmou seu projeto de reposicionar, estrategicamente, Porto Alegre no Brasil. Entre os temas debatidos, destacaram-se turismo, segurança, comércio informal, varejo, impostos, shoppings, lojas nas ruas e marca para cidade.
Segundo Manuela, o município deve unificar procedimentos para facilitar investimentos. Ela comprometeu-se ainda em ser aliada na divulgação da cidade no país e no Exterior.
"Porto Alegre precisa mais do que respostas imediatistas. A prefeitura deve ser empreendedora, ofensiva na busca de investimentos. Não podemos fazer estudos eternos, mas apresentar soluções", disse a candidata.
Manuela quer consolidar a capital gaúcha como um destino de negócios e eventos, firmando essa marca no Brasil. A cidade, que já foi a 4ª em eventos internacionais, hoje é a 6ª no país. Para isso, defende que deve haver um padrão para o mobiliário urbano. A cidade deve gerar bem-estar geral para quem vive nela. Conforme a candidata, “cidades feias não atraem turistas”.
"Nossos turistas chegam ao aeroporto e seguem para a Serra e nem conhecem a Capital. Precisamos de uma agência de turismo efetiva, que busque novos eventos para a cidade, que a divulgue", afirmou.
Na Prefeitura de Porto Alegre, Manuela vai assumir o protagonismo do município também em relação à segurança, aproveitando a lei do Pronasci, que hoje garante o repasse de verbas federais para que as cidades possam resolver seus problemas em segurança. A ideia dela é ampliar o orçamento municipal da Segurança, que hoje é inferior a 0,8%. Cidades que enfrentaram a questão, como Canoas, chegam a investir 2,7% na área.
Já o comércio informal será tratado com atenção quando Manuela assumir o comando do município, porque está relacionado não só com o atropelo ao comércio formal, mas também com a dignidade de seus trabalhadores e da própria ocupação do espaço urbano.
"Ruas boas para andar não são apenas ruas com calçamento em ordem. Precisamos ter ruas livres, sem contêineres ocupando espaços inadequados e atravancando o caminho dos pedestres, da mesma forma como os ambulantes também se tornam obstáculos para a boa circulação", exemplificou.
Com a Lei do Gatilho, Manuela vai reduzir a alíquota do ISSQN sempre que a arrecadação do município aumentar acima da inflação, a exemplo da experiência do município de Canoas, além de, paralelamente, negociar e reduzir juros e multas para empresas que regularizarem sua situação junto à Prefeitura.
Manuela reafirmou ainda a disposição de criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Urbano (Codesu), que será um espaço privilegiado para debate, planejamento e renovação da cidade.
"O Conselho será a expressão institucional de um grande pacto urbano pelo desenvolvimento de Porto Alegre. Dele, farão parte todos os ex-prefeitos, representantes de entidades empresariais, de trabalhadores, do movimento social, da academia, religiosos, intelectuais e personalidades, assim como os presidentes do demais conselhos municipais", adiantou, agradecendo ao convite do CDL.
Informações da assessoria da candidata Manuela d'Ávila