Manuela afirma que ‘paixão’ por Porto Alegre é ousar no cotidiano

Única mulher na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, a candidata Manuela D’ Ávila (PCdoB) acredita que a administração municipal deve ser mais ousada e empreendedora na busca por investimentos e turistas numa cidade bem cuidada e bonita."Paixão acomodada pela cidade é relação que acaba”, disse em debate com os principais adversários nesta quarta (26), na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre.

Recebida pelo presidente do CDL, Gustavo Schifino, Manuela participou de discussão promovida pela entidade entre os candidatos melhor pontuados na corrida eleitoral. No embate com Adão Villaverde e o atual prefeito José Fortunati (PDT), a candidata da coligação Juntos por Porto Alegre reafirmou seu projeto de reposicionar, estrategicamente, Porto Alegre no Brasil. Entre os temas debatidos, destacaram-se turismo, segurança, comércio informal, varejo, impostos, shoppings, lojas nas ruas e marca para cidade.

Segundo Manuela, o município deve unificar procedimentos para facilitar investimentos. Ela comprometeu-se ainda em ser aliada na divulgação da cidade no país e no Exterior.

"Porto Alegre precisa mais do que respostas imediatistas. A prefeitura deve ser empreendedora, ofensiva na busca de investimentos. Não podemos fazer estudos eternos, mas apresentar soluções", disse a candidata.

Manuela quer consolidar a capital gaúcha como um destino de negócios e eventos, firmando essa marca no Brasil. A cidade, que já foi a 4ª em eventos internacionais, hoje é a 6ª no país. Para isso, defende que deve haver um padrão para o mobiliário urbano. A cidade deve gerar bem-estar geral para quem vive nela. Conforme a candidata, “cidades feias não atraem turistas”.

"Nossos turistas chegam ao aeroporto e seguem para a Serra e nem conhecem a Capital. Precisamos de uma agência de turismo efetiva, que busque novos eventos para a cidade, que a divulgue", afirmou.

Na Prefeitura de Porto Alegre, Manuela vai assumir o protagonismo do município também em relação à segurança, aproveitando a lei do Pronasci, que hoje garante o repasse de verbas federais para que as cidades possam resolver seus problemas em segurança. A ideia dela é ampliar o orçamento municipal da Segurança, que hoje é inferior a 0,8%. Cidades que enfrentaram a questão, como Canoas, chegam a investir 2,7% na área.

Já o comércio informal será tratado com atenção quando Manuela assumir o comando do município, porque está relacionado não só com o atropelo ao comércio formal, mas também com a dignidade de seus trabalhadores e da própria ocupação do espaço urbano.

"Ruas boas para andar não são apenas ruas com calçamento em ordem. Precisamos ter ruas livres, sem contêineres ocupando espaços inadequados e atravancando o caminho dos pedestres, da mesma forma como os ambulantes também se tornam obstáculos para a boa circulação", exemplificou.

Com a Lei do Gatilho, Manuela vai reduzir a alíquota do ISSQN sempre que a arrecadação do município aumentar acima da inflação, a exemplo da experiência do município de Canoas, além de, paralelamente, negociar e reduzir juros e multas para empresas que regularizarem sua situação junto à Prefeitura.

Manuela reafirmou ainda a disposição de criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Urbano (Codesu), que será um espaço privilegiado para debate, planejamento e renovação da cidade.

"O Conselho será a expressão institucional de um grande pacto urbano pelo desenvolvimento de Porto Alegre. Dele, farão parte todos os ex-prefeitos, representantes de entidades empresariais, de trabalhadores, do movimento social, da academia, religiosos, intelectuais e personalidades, assim como os presidentes do demais conselhos municipais", adiantou, agradecendo ao convite do CDL.

Informações da assessoria da candidata Manuela d'Ávila