Serra intensifica ataques a iniciativas contra a homofobia

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse neste domingo (14) que seu adversário José Serra (PSDB) faz ataques pessoais a ele quando critica o kit contra a homofobia produzido durante sua gestão no Ministério da Educação. Os ataques de Serra mostram que continuam vivas as alianças com o conservadorismo evangélico que ele fechou em 2010 — durante a sua fracassada corrida pela Presidência da República.

Haddad sofreu ataques por parte do pastor evangélico Silas Malafaia, aliado de Serra, por causa do material, apelidado de "kit gay". O tucano disse que o kit era de doutrinação e malfeito. "É um ataque pessoal. Ele [Serra] sempre distorce a informação, eu não vou mais comentar. Eu já estou cansado desse tipo de ataque", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de produzir kit semelhante em caso de vitória sua, Haddad disse que já existe um material. "A Prefeitura tem um material. Tanto a Prefeitura quanto o estado têm materiais. É constitucional."

A Secretaria Municipal de Educação disse que o combate a todo tipo de preconceito é trabalhado em sala de aula. A pasta estadual informou que também não possui material exclusivo sobre o tema e que o "combate à discriminação em todos os aspectos, inclusive sexual" é abordado no programa "Prevenção também se Ensina" e em atividades pedagógicas.

O kit feito para o Ministério da Educação sofreu resistência de religiosos não foi distribuído por ordem da presidente Dilma Rousseff.

Haddad participou neste domingo de uma carreata em Jaçanã, na zona norte. Em discurso, tentou evitar o clima de favoritismo e pediu que as militâncias dos partidos da coligação Para Mudar e Renovar São Paulo (PT, PCdoB, PSB e PP) continuem mobilizadas. Na última pesquisa Datafolha, Haddad aparece com 47% das intenções de voto, contra 37% de Serra.
Na última quinta-feira (11) o Ibope apontou Haddad com 48% dos votos, contra 37% de Serra.

Informações da Folha de S.Paulo