BID: Poucas empresas latino-americanas se aventuram na China
Apesar das crescentes relações comerciais entre a China e a América Latina, ainda há poucas grandes empresas latino-americanas que se aventuram em se estabelecer no mercado do país asiático, segundo um estudo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Publicado 22/10/2012 15:55
O estudo foi apresentado durante a 6ª Cúpula Empresarial China-América Latina realizada na cidade de Hangzhou, leste da China, que atraiu mais de 600 empresários e representantes de câmaras de comércio das duas regiões.
O estudo, intitulado "Caminho à China: A história das empresas latino-americanas no mercado chinês", analisa o caso de sete grandes empresas latino-americanas que se aventuraram em investir no gigante asiático.
Segundo o estudo, desde 2006, as empresas da América Latina investiram US$ 858 milhões na China, o que representa menos de 1% do investimento total regional em outras regiões.
O estudo apontou que outras empresas latino-americanas podem seguir os exemplos dos mexicanos Grupo Bimbo e Gruma, das companhias brasileiras Stefanini, WEG e Vale, da empresa de vinhos chilena Concha y Toro ou da fábrica de tubos de aço argentina Tenaris em sua exploração bem-sucedida no mercado chinês.
Enquanto o investimento chinês na América Latina se concentra nos setores de energia e recursos minerais, os latino-americanos têm entrado em outras áreas como as indústrias de alimentos, produtos químicos e metalurgia.
As principais barreiras para as empresas latino-americanas na China são as diferenças de cultura e de idioma, a distância geográfica, os custos de transporte e as restrições em alguns tipos de investimento.
Segundo a pesquisa, 85 empresas latino-americanas foram introduzidas na China até hoje, mais da metade das quais entraram no país asiático depois de 2007, quando as relações bilaterais entre as regiões atingiram seu auge.
O estudo foi realizado pelo Setor de Integração e Comércio do BID com a colaboração de reconhecidos acadêmicos latino-americanos e universidades europeias.
Fonte: Agência Xinhua