Rússia vai monitorar as eleições nos Estados Unidos

A Embaixada da Rússia nos Estados Unidos vai monitorar as eleições presidenciais estadunidenses no dia 6 de novembro. A informação é do Porta-Voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexander Lukashevich.

Ele afirmou que devem participar do acompanhamento os diplomatas russos em Washington, bem como os funcionários dos consulados gerais em Nova York, São Francisco, Seattle e Houston.

Os representantes consulares serão acompanhados pela delegação da Câmara Pública da Federação Russa, com a participação do comissariado do Ministério dos Assuntos Estrangeiros russo para as questões de direitos humanos, democracia e estado de direito.

Lukashevich observou que o Gabinete para as Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR), instituição da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), opera com dois padrões de atuação.

Ora enviando missões completas de 500 a 600 pessoas para alguns países, principalmente para os países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), ora praticamente não realizando o monitoramento de eleições em outros países.

O porta-voz destacou que tal atitude estranha da ODIHR é compensada pelos esforços da Assembleia Parlamentar da OSCE, que está enviando para os Estados Unidos um grupo de mais de 100 observadores, que incluem cerca de 10 membros da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, e membros do Conselho da Federação, a câmara alta.

Todos estes problemas, segundo Lukashevich, são um reflexo da falta de credibilidade que existe nos Estados Unidos em relação aos observadores internacionais. Para ele, as atividades dos representantes das missões de monitoramento são consolidadas em apenas quatro estados, como Missouri, Dakota do Sul, Dakota do Norte e Novo México.

A Comissão Eleitoral Central da Rússia também irá acompanhar a eleição presidencial dos Estados Unidos. Boa parte das informações a serem obtidas pela comissão virá da Internet e da mídia que fará a cobertura do pleito. O órgão planeja elaborar um amplo relatório sobre o processo eleitoral norte-americano.

Confuso e arcaico

“É difícil chamar as eleições nos Estados Unidos de impecáveis em termos de conformidade com critérios e normas geralmente aceites,” disse Lukachevitch.

Lukachevitch lembrou que “o presidente dos Estados Unidos é eleito não pelo voto direto dos eleitores, mas pelo colégio eleitoral”. “E o próprio processo eleitoral é confuso, arcaico e descentralizado,” disse o diplomata.

As eleições presidenciais nos Estados Unidos serão realizadas em 6 de novembro.

Fonte: Diário da Rússia