Política econômica é eficaz e país crescerá 4%, afirma Pimentel

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira (30), em Porto Alegre, que o Brasil tem dado uma demonstração ao mundo sobre como enfrentar a crise financeira global "sem sacrificar a população". De acordo com ele, o chamado tripé macroeconômico (câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário) está "atuando de maneira decisiva para garantir a estabilidade".

Conforme Pimentel, o Brasil vive uma situação de pleno emprego e os indicadores econômicos do terceiro e do quarto trimestre mostram a retomada do crescimento, especialmente na indústria. "A inflação e as contas públicas estão sob controle e a relação dívida pública/PIB continua em queda", acrescentou o ministro. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff coordena pessoalmente e de forma "muito precisa" as iniciativas do governo federal para garantir o crescimento da economia.

Pimentel foi convidado pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), para a comemoração do primeiro aniversário de operação da "Sala do Investidor", espaço criado pelo governo gaúcho para centralizar a negociação de investimentos privados no Estado. Há 15 dias, o secretário de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, Mauro Knijnik, divulgou nota em que criticava o "desinteresse" do Mdic em direcionar projetos privados ao Estado.

Ontem, entretanto, Genro tratou de encerrar o atrito e lembrou que mantém um relacionamento "pessoal e político" com Pimentel "há décadas". Já Pimentel disse que o governador saneou a situação financeira e administrativa do Rio Grande do Sul desde que assumiu o cargo, em 2011, e que está fazendo a parte que cabe ao Estado na atração de investimentos.

Pimentel reiterou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer 4% em termos anualizados no quarto trimestre deste ano. De acordo com ele, as medidas de estímulo à economia, adotadas pelo governo federal, incluindo reduções de IPI, desoneração da folha de pagamento, ampliação das linhas do BNDES e redução da taxa Selic, começam a dar resultado.

Segundo o ministro, o Brasil também está com o "câmbio ajustado ao tamanho da economia" e tem condições de manter o crescimento na faixa dos 4% em 2013 e nos anos seguintes. "Estou muito otimista com 2013", afirmou o ministro. "O crescimento não será voo de galinha." Ele disse ainda que o câmbio ao redor de R$ 2 por dólar está numa faixa que o Banco Central e a Secretaria do Tesouro Nacional podem sustentar "sem grandes traumas".

Fonte: Jornal Valor Econômico