Cineasta doa acervo da Fundação Cinememória para UnB

O documentarista Vladimir Carvalho doou, para Universidade de Brasília, todo o seu acervo cinematográfico adiquirido em quase duas décadas. A coleção possui raridades que ajudam a contar a história da sétima arte no Brasil.

 

Dezoito anos. Esse foi o tempo que o cineasta Vladimir Carvalho passou colecionando peças do acervo do cinema brasileiro para compor a Fundação Cinememória. Para isso, ele transformou a casa onde mora, na Asa Sul, em uma verdadeira cinemateca da capital federal. Há pouco tempo ele doou todo o material, inclusive a casa, para a Universidade de Brasília. A ideia de Vladimir é oferecer à cidade um acervo cinematográfico oficial.

Paraibano, Vladimir é uma dos principais documentaristas do país e, especialmente, de Brasília. Em 1971 seu filme O País de Saruê foi apreendido pela censura da ditadura militar. No ano passado, ele abriu o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro com seu mais recente trabalho: Rock Brasília. Ele conta que doar o acervo à UnB é uma forma de retribuir todo o acolhimento que recebeu da universidade durante os 23 anos que lecionou lá.

Nessas quase duas décadas de Fundação Cinememória, Vladimir reuniu um acervo de cerca de cinco mil itens. Entre eles uma biblioteca com aproximadamente 3 mil títulos, a maioria direcionados ao cinema. O museu reúne verdadeiras relíquias, como a moviola usada†por Glauber Rocha na edição do filme Terra em Transe. No acervo Vladimir tem suas peças preferidas, como os troféus que recebeu em festivais pelo país.

Fonte: TV Supren