DF: Negros têm mais oportunidades, mas há ainda um longo caminho 

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (14) qua avaliou os índices de emprego e desemprego no Distrito Federal, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal (Codeplan), mostram que a diferença entre não ocupados dos dois segmentos é de apenas 1,9%. Em 2002, a discrepância chegava a quase 6 pontos.

De acordo com o estudo, o rendimento médio mensal de trabalhadores brancos e amarelos é 55,26% maior. Afrodescendentes recebem R$ 1.737, contra R$ 2.697 dos indivíduos de outros grupos.
 

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As mulheres negras são as mais prejudicadas quando o assunto é salário. O rendimento médio por hora trabalhada delas é o menor em todos os setores englobados pela pesquisa.

"Elas carregam dois fatores históricos, discriminação de gênero e raça/cor. Muitas empresas preferem homens por conta do cotidiano. As mulheres podem engravidar e têm direito a licença-maternidade, o que é um gasto a mais para a companhia. Além disso, têm tarefas domésticas e dispõem de mais tempo para ficar com os filhos", justificou o analista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Daniel Biagioni.

Com informações do Jornal Valor Econômico