CNI: 69% das empresas industriais têm algum tipo de dívida

Sondagem feita com as indústrias extrativa, de transformação e da construção, divulgada nesta sexta-feira (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que 69% das empresas industriais informaram ter algum tipo de dívida. O levantamento foi feito com 2.363 empresas entre 1º e 13 de agosto, das quais 843 de pequeno porte, 920 médias e 600 grandes.

"Desse universo de companhias com dívidas, 37% informaram estar no limite do endividamento e 16% disseram estar acima, somando, portanto, um total de 53% das empresas com dívidas que não podem mais se endividar", informou a CNI.

A pesquisa aponta ser o capital próprio a maior fonte de financiamento das indústrias, usado por 69% delas. Os empréstimos bancários compõem o financiamento de 56% das empresas, enquanto o crédito de fornecedores e de clientes é utilizado por 34%, segundo o levantamento. A captação externa de recursos é utilizada por 4% das companhias industriais.

"A falta de linhas de crédito adequadas às suas necessidades foi a principal dificuldade apontada pelas indústrias na obtenção de crédito, conforme 47% delas. Vem, em seguida, pela ordem, a exigência de garantias reais (assinalada por 44%) e de documentos e renovação de cadastros (registrada por 39%)", acrescentou a entidade.

As reduções nas taxas de juros, pontua a Sondagem Especial, foram percebidas pela indústria no segundo trimestre de 2012. Embora 48% das empresas tenham dito que os juros estavam iguais nos empréstimos de curto prazo, 43% relataram juros menores, índice que sobe para 45% no crédito de longo prazo. Igualmente 45% informaram que, no financiamento de longo prazo, os juros estavam semelhantes, informou a CNI. Apenas 10%, nesse caso, disseram ter havido aumento dos juros.

A maioria das empresas que obteve crédito – 57% – relatou que os valores foram iguais aos que solicitaram. Quase um terço – exatamente 30% – informou que os valores dos financiamentos foram menores do que necessitavam. Segundo 13% das indústrias, o valor do crédito foi maior do que precisavam, concluiu a entidade.

Fonte: G1