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Palestina Livre: o PCdoB repudia boicote sionista, diz Stumpf

"Repudiamos a postura da Conib [Confederação Israelita do Brasil], e também questionamos os órgãos de Estado que estão legitimando os boicotes para a realização do Fórum Social Palestina Livre”. Foi como respondeu Lúcia Stumpf, secretária de Movimentos Sociais do PCdoB, ao ser questionada pela Rádio Vermelho, sobre os boicotes sionistas contra a realização do Fórum Palestina Livre.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho, em São Paulo


Foto: Érika Ceconi

Lúcia Stumpf, que participou do programa Ideias e Debates, falou sobre os ataques proferidos por Israel na Faixa de Gaza e destacou que atos como esses reforçam ainda mais nossa luta pela causa palestina. “Fórum condena todas as agressões empreendidas contra a Palestina. Ele se converterá em um espaço de reforço à nossa luta anti-imperialista, nossa busca pela paz e pela autodeterminação dos povos do mundo”.

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Ela destacou que o Fórum Social Palestina Livre vem sendo construído desde o início do ano e reúne diversas entidades dos movimetnos sociais. "É um importante evento, de relevância internacional, que sinaliza a ampla solidariedade do povo brasileiro a causa e com o povo palestino".

A dirigente lembrou que do Fórum Palestina Livre tem como objetivo lembrar que há 65 anos o povo palestino sofre. “Nosso objetivo é reforçar o pedido de paz nessa região, que há 65 anos, desde que houve a partilha do Estado Palestino pela ONU [Organização das Nações Unidas], é palco de sanguentos conflitos que precisam cessar. Esse será o nosso pedido no Fórum Palestina Livre”.

Boicotes sionistas

Sobre os boicotes ao evento, a dirigente destacou que o PCdoB repudia a investida. “Observamos com muito temor a postura tomada pela comunidade sionista do Rio Grande do Sul, que tenta evitar a construção de um Fórum amplo e que pede a paz, que é o que defende o Fórum Social Palestina Livre”, pontua.

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Ela esclarece que o Fórum não será um espaço de oposição a Israel, mas sim um espaço que conclamará o direito ao Estado Palestino. “Repudiamos a postura da Conib [Confederação Israelita do Brasil], e também questionamos os órgãos de Estado que estão legitimando essa postura”, externou Lúcia.

A secretária do PCdoB informou ainda que espaços da Prefeitura de Porto Alegre continuam sendo cerceados para realização de atividades do Fórum.

Protagonismo

Lúcia destacou que o Brasil vem assumindo um protagonismo importante na luta pela causa Palestina. “O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a reconhecer o Estado Palestino. No dia 18 de novembro, a presidenta Dilma Rousseff ligou, pessoalmente, para o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, pedindo que o Conselho e Segurança ajude para o cessar-fogo dos ataques proferidos por Israel”.

Ela lembrou que o Brasil possui uma enorme comunidade de palestinos e que Porto Alegre é a capital com maior concentração. “O Brasil assume um papel muito importante na construção da saída para esse conflito e o Fórum terá como função contribuir para essa construção”.

Programação

A programação do Fórum Social Mundial Palestina Livre contará com cinco grandes conferências, além de oficinas, seminários e uma série de eventos paralelos desenvolvidos de forma autogestionadas por entidades de todas as partes do mundo. Os eixos temáticos do fórum são Autodeterminação e direito de retorno, Direitos humanos, direito internacional e julgamento de criminosos de guerra, Estratégias de luta e solidariedade.

Durante o encontro de ativistas, haverá uma programação para marcar o Dia Internacional de Solidariedade à Palestina, comemorado em 29 de novembro, quando os povos de todo o munod expressam a sensibilidade e apoio à causa dos palestinos.

Ouça aqui a íntegra da entrevista: