Brasil e China criam GT para fomentar investimentos

Brasil e China criaram nesta quinta-feira (22) um grupo de trabalho para facilitar e promover investimentos, cuja tarefa será tratar de necessidades relacionadas a projetos específicos, do treinamento de recursos humanos à concessão de vistos, passando pela transferência de tecnologia.

"O padrão de relacionamento entre o Brasil e a China mudou", afirmou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alessandro Teixeira.

Segundo ele, o diálogo agora "é como eu faço parceria do ponto de vista industrial", observou Teixeira, citando os exemplos de investimentos no setor automotivo e o aumento da presença chinesa na Zona Franca de Manaus.

 A criação do grupo de trabalho foi aprovada em Pequim durante reunião da subcomissão de indústria e tecnologia da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal órgão de "diálogo" entre os dois países.

Além de Alessandro Teixeira, participaram do encontro em Pequim o secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Emilio Garofalo, e a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Teixeira ainda afirmou que a ampliação e diversificação as exportações para a China será favorecida pelo início das operações no Brasil do Banco da China e do Banco de Desenvolvimento da China, que poderão financiar as compras chinesas de produtos nacionais.

Estratégia

Além de atrair investimentos para o setor industrial, o governo tenta aumentar e diversificar as exportações brasileiras para a China, que devem apresentar neste ano a primeira queda em pelo menos uma década.

Os embarques são dominadas por dois produtos, soja e minério de ferro, que representaram quase 70% das vendas de US$ 35 bilhões à China nos primeiros dez meses de 2011.

Com informações do O Estado de S. Paulo