Dengue ameaça 5,7 mi de pessoas; 77 municípios estão em alerta

Estudo apresentado, nesta terça-feira (27), pelo Ministério da Saúde (MS) revela que 77 dos municípios brasileiros estão em situação de risco para a dengue. Essas áreas, que incluem a capital Porto Velho, somam mais de 5,7 milhões de pessoas.

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) foi realizado em 1.239 cidades, dos quais 375 estão em situação de alerta e 787 foram consideradas satisfatórias. Ainda assim, dados do balanço epidemiológico do MS — também divulgados ontem — indicam que os números de casos graves da doença caíram em comparação com 2011. A quantidade caiu de 10.507 para 3.774.

As regiões em risco têm larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. Os locais em estados de alerta possuem número menor e, as áreas consideradas satisfatórias, têm menos de 1% de larvas de Aedes aegypti nas casas.

O Nordeste apresenta o maior índice — mais de 70% das larvas acumulam-se em reservatórios de água. No Sudeste, 59,2% estão em depósitos familiares. Já no Centro-Oeste, a maior concentração, 36,1% das larvas de mosquito, estão em lixos. "Esses dados são importantes para orientar as ações de mobilização na região. No caso do Centro-Oeste, é necessário fazer um forte mutirão de retirada de entulho", aponta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Embora a pesquisa alerte para a quantidade de cidades em risco, a pasta comemorou que houve 64% de queda nos números de casos graves de dengue. A quantidade de óbitos também reduziu: até a primeira semana de novembro, houve queda de 49% em relação ao ano passado. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância da parceria entre estados e municípios para o controle da doença. "Ao fim do balanço do primeiro semestre, alertamos para que as ações não fossem interrompidas durante o período eleitoral. É importante que esse trabalho continue também durante a transição dos governos municipais."

Das 27 unidades da Federação, o Distrito Federal e mais 23 estados tiveram reduções importantes nos casos graves da doença. Mato Grosso, Alagoas e Goiás, respectivamente, apresentaram crescimento nas ocorrências. O DF também se destaca na queda no número de mortes: neste ano, a capital federal não registrou nenhum óbito.

Fonte: Correio Braziliense