OCDE prevê desaceleração do crescimento mundial em 2013

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris, capital francesa, divulgou na terça-feira (27) um relatório, prevendo a desaceleração do crescimento econômico mundial no próximo ano, devido à crise da dívida europeia e à redução da atividade econômica dos EUA.

De acordo com o relatório publicado pela OCDE, a crise da dívida continua em expansão na zona do euro. Os EUA também estão enfrentando um problema financeiro rigoroso, o qual poderá agravar a recessão econômica global. As economias emergentes, como China e Índia, têm mantido uma tendência positiva do desenvolvimento. No entanto, são inevitavelmente afetadas pela desaceleração do crescimento mundial.

Perante a situação, a OCDE apela à União Europeia (UE), Japão e aos países em desenvolvimento para tomar novas medidas de estímulo econômico. Ao falar da depressão econômica da atualidade, a diretora do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, Chen Fengying, deu a seguinte opinião:

"Ao meu ver, existe a possibilidade de continuidade da recessão econômica mundial no próximo ano. A crise de dívidas soberanas da Europa precisa de uma solução urgente, a fim de evitar o 'colapso' do euro. Além disso, o problema de déficit financeiro enfrentado pelo governo norte-americano também causará a depressão da economia global."

Os países em desenvolvimento são considerados como uma força importante para impulsionar a recuperação econômica mundial. E as economias emergentes também devem ser afetadas por questões como a desaceleração do crescimento e redução da exportação.

Apesar disso, a taxa do aumento econômico da China chegará a 8,5% e 8,9% nos próximos dois anos, revela o relatório da OCDE. Quanto à previsão da entidade sobre as estatísticas chinesas, Chen Fengying afirmou:

"Concordo com as análises da OCDE sobre as políticas macroeconômicas da China, incluindo as medidas monetárias e da taxa de juros. Porém, é um pouco maior a previsão sobre o PIB dos países em desenvolvimento da Ásia. Em minha opinião, as economias emergentes vão manter um crescimento contínuo, caso algumas questões sejam resolvidas."

Devido à redução econômica mundial, diversos países em desenvolvimento tomaram uma série de políticas monetárias e financeiras, para resistir aos impactos de diminuição de demanda externa. Ao falar das medidas, Chen Fengying disse:

"A China tem sofrido muitos impactos da crise econômica global. Neste caso, temos que adotar uma política financeira relativamente relaxada. Porém, uma grande quantidade de reservas de divisas pode ajudar o governo chinês a ser menos afetado pelo ambiente internacional. Além disso, a China está em uma boa situação financeira. O déficit não é muito alto. Isso também é um fator essencial para o país manter um crescimento sustentável."

De acordo com a especialista chinesa, o país poderá enfrentar muitas dificuldades em continuar seu crescimento econômico. Portanto, o governo deve prestar mais atenção ao equilíbrio fiscal, além de evitar inflação.

Fonte: Rádio Internacional da China