Sindicalistas pressionam pelo fim do fator previdenciário

As dependências da Câmara estão lotadas, nesta quarta-feira (28), com sindicalistas reivindicando a votação da matéria que acaba com o fator previdenciário. Eles estão pressionando os deputados para que votem o projeto, enquanto a presidente em exercício da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), discute a proposta em reunião de líderes partidários. O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), adiantou que a matéria não será votada mais este ano.

O texto em discussão na Câmara cria uma alternativa ao fator, impedindo a redução das aposentadorias quando a soma da idade com o tempo de contribuição for 85 anos no caso das mulheres e 95 no caso dos homens.

Leia também: Votação do fator previdenciário depende de negociação com governo


Chinaglia afirmou que, como está a proposta pode provocar ações na Justiça de quem teve a aposentadoria reduzida até agora pelo fator previdenciário. "Isso significa que o Tesouro Nacional teria que viabilizar uma eventual devolução de R$70 bilhões, porque somando-se todas as aposentadorias a partir de 2000, levando-se em conta até 2013, esse é o valor. Há, portanto, uma preocupação com uma avalanche de ações na Justiça"

Chinaglia apresentou as explicações a um pequeno grupo de sindicalistas que pediam a votação da proposta.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), já havia dito que só votaria o fim do fator previdenciário caso a matéria tivesse acordo com o governo.

Da Redação em Brasília
Com agências