Movimento Camponês Popular ocupa agências da Caixa em Goiás

O Movimento Camponês Popular (MCP) ocupa na manhã de hoje (4) 13 agências da Caixa Econômica Federal nos municípios goianos de Caldas Novas, Catalão, Ceres, Formosa, Goiás, Itapaci, Itapuranga, Jaraguá, Pirenópolis, Pires do Rio, Posse, Rubiataba e Silvânia.

O MCP pede que o governo publique portaria para autorizar posseiros de terras particulares a acessarem o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). O movimento reivindica que, até o dia 15 deste mês, sejam assinados contratos de 900 moradias, por meio do PNHR. Ainda de acordo com o MCP, o governo federal se comprometeu com os movimentos em permitir que famílias camponesas com problemas na documentação da terra acessem o programa. O MCP afirma que, caso o governo não publique a portaria, as famílias serão excluídas do PNHR.

A coordenação nacional do MCP está em Brasília discutindo com o governo federal a inclusão dos posseiros no programa. Além disso, eles reivindicam o aumento do valor do PNHR para a construção, passando de R$ 25 mil para R$ 35 mil, e para a reforma, de R$ 15 mil para R$ 22 mil.

Segundo a Caixa, as agências em Goiás serão desocupadas até as 12h. O Ministério das Cidades ainda não se posicionou sobre o assunto.

Em uma reunião na manhã desta terça, entre representantes dos camponeses e da secretaria nacional de Habitação, não houve avanços. Uma nova rodada deve ocorrer às 15h de hoje, no Ministério das Cidades.

As ocupações ocorrem no mesmo momento em que a direção da Caixa participa de cerimônia sobre a entrega de um milhão de moradias e dois milhões contratadas pelo Programa Minha Casa Minha Vida, no Palácio do Planalto, com a presidenta Dilma Rousseff.

As 13 agências permanecerão ocupadas. Os locais ocupados estão nos municípios goianos de: Caldas Novas, Catalão, Ceres, Formosa, Goiás, Itapaci, Itapuranga, Jaraguá, Pirenópolis, Pires do Rio, Posse, Rubiataba e Silvânia. Em Jaraguá houve início de abuso de poder da polícia, mas a gerência da Caixa solicitou a retirada da PM e a situação se normalizou.

com Agência Brasil e MCP