Votação do relatório da CPI do Cachoeira foi outra vez adiada

Foi marcada para a próxima terça-feira (18) a votação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Cachoeira. O relatório deveria ter sido apreciado nesta terça-feira (11), mas divergências em relação ao texto e a apresentação de cinco votos em separado, apresentados por parlamentares insatisfeitos com o texto do deputado Odair Cunha (PT-MG), levaram ao adiamento.

O relatório final – um texto de cinco mil páginas – que dividiu a bancada do governo e a da oposição, já foi lido resumidamente pelo relator, mas teve sua votação adiada duas vezes.

Os votos em separado foram apresentados pelos deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Também falaram o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), seguido do deputado Luis Pitiman (PMDB-DF). Em comum, além de críticas ao trabalho do relator, denúncias contra o empresário Fernando Cavendish e a empresa dele, a empreiteira Delta.

Em seu texto, Cunha pede indiciamento de dezenas de pessoas ligadas a Cachoeira e pede investigação, pela Procuradoria Geral da República, do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). O relatório, porém, excluiu os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), amigo do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, cujo indiciamento é pedido no relatório.

Depois de várias críticas, Odair excluiu, em uma segunda versão de seu relatório, o pedido de investigação, pelo Conselho Nacional do Ministério Público, do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, assim como o pedido de indiciamento do redator-chefe da revista Veja Policarpo Júnior e de outros quatro jornalistas.

Da Redação em Brasília
Com agências