Câmara deve votar hoje MP que reduz tarifa de energia

O relatório do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi aprovado na comissão mista que examina a Medida Provisória (MP) que antecipa a renovação das concessões no setor elétrico e permite a redução de tarifas de energia. A matéria pode ser votada na Câmara ainda nesta quarta-feira (12), onde os deputados tem se manifestado favoráveis a medida proposta pela presidenta Dilma Rousseff.

Na discussão da MP, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu as empresas geradoras, afirmando que as novas regras podem “inviabilizar as operações” em certas companhias. E criticou o governo federal, a exemplo do que vem fazendo a oposição, negando os benefícios da medida para o consumidor e a produção industrial no país.

O deputado Weliton Prado (PT-MG) respondeu ao tucano, dizendo que a redução das contas de energia é uma das principais realizações da presidente Dilma Rousseff. Ele explicou que a redução tarifária estimulará o desenvolvimento geral do país, o que contraria poderosos interesses.

Renan Calheiros considerou a MP “inteligente” e de grande impacto sobre a economia, o que justifica a urgência de sua aprovação. Ele elogiou o trabalho dos membros da comissão mista e dos especialistas convidados, que ajudaram a aperfeiçoar a matéria. “Pela primeira vez uma medida provisória foi discutida a fundo como a Medida Provisória 579”, afirmou.

Vários parlamentares pediram mais tempo para examinar o relatório de Renan, apresentado em reunião na manhã desta terça-feira (11), sob o argumento de que o texto modifica substancialmente a medida provisória. No entanto, os dois requerimentos de adiamento da votação – por 24 horas e 48 horas – foram rejeitados pela comissão. O relatório de Renan Calheiros incorporou 43 emendas, mas todos os destaques para votação em separado foram rejeitados.

Da Redação em Brasília
Com agências