Palácio: Archer é uma referência no campo político democrático

Foi realizado no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas, nesta segunda-feira (10), o lançamento do “Renato Archer, 90 anos: legado e atualidade”. A proposta do livro nasceu na última Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em junho, em São Luis-MA, que recebeu uma mesa-redonda intitulada “Renato Archer, 90 anos: legado e atualidade”, conduzida pela Fundação Maurício Grabois, que também organizou o livro.

O livro foi organizado pela Fundação Maurício Grabois, Centro de Teconologia da Informação e Universidade Federal do Maranhão.

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Fábio Palácio: Renato Archer é uma referência para o Brasil

Na oportunidade, estavam presentes o deputado federal Newton Lima; Fábio Palácio, diretor da Fundação Maurício Grabois; José Monserrat, chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB); os irmãos Ronaldo Archer e Ruth Archer Ocariz; o Físico José Ellis Ripper, um dos fundadores do CTI; a professora e ex-deputada federal Irma Passoni; Victor Mammana, diretor do CTI Renato Archer, e Luana Bonone, presidente da ANPG.

Fábio Palácio destacou que “Renato Archer foi o homem de uma história que serve para inspirar as novas gerações, que construiu em sua biografia um projeto nacional de desenvolvimento, baseado na soberania nacional, no fortalecimento econômico e democrático do país”.

Ele lembra que "Archer ocupou o cargo de ministro de Estado da Ciência e Tecnologia. Teve papel importante também no campo diplomático. Como integrante da junta de governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), participou das definições internacionais sobre o uso da energia nuclear. Além disso, ele foi ainda subsecretário de Relações Exteriores na gestão de San Tiago Dantas, quando o Brasil, sob a presidência de João Goulart, adotou uma política externa de vanguarda", afirmou.

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Figura emblemática do campo político democrático e nacionalista, Renato Archer foi o primeiro ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil, caracterizado pela sua visão da ciência e tecnologia como fundamental para o desenvolvimento social, cultural, político e econômico da sociedade brasileira como um todo. 

“Dotado de uma concepção estratégica privilegiada, Renato Archer defendeu com afinco os interesses nacionais, prezando sempre pela autonomia brasileira no campo científico e tecnológico”, conta José Monserrat Filho, que compôs a equipe de trabalho de Archer no MCT.

Como ministro da Ciência e Tecnologia durante os anos de 1985 a 87, Renato Archer apoiou inúmeras ações para a estruturação do CTI, inaugurado em 1982, como parte de seu esforço para o fortalecimento da indústria nacional de tecnologia da informação. No ano de 1999, como homenagem ao ex-ministro, o CTI recebeu o nome de Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer – CTI Renato Archer. O evento marcou também o lançamento do selo de 30 anos do Centro, iniciando as comemorações de seu aniversário. 

Da Redação em São Paulo
Com Agências