Deputados discutem relações com Vietnã, Turquia e Coreia Popular

O Vietnã quer incrementar as relações comerciais e políticas com o Brasil por meio de um programa de longo prazo, que inclui a reativação do Grupo de Amizade entre os dois países. Foi o que afirmou o embaixador vietnamita no Brasil, Duong Nguyen Tuong, durante a reunião que contou com a participação também da presidenta do Grupo de Amizade Brasil – Vietnã, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), do deputado Chico Lopes e do senador Inácio Arruda, ambos do PCdoB do Ceará.

Segundo ele, o Vietnã é o sexto país do mundo mais atraente para os investimentos externos, mas que não há presença de empresas brasileiras no país. O embaixador revelou ainda o interesse do seu governo em importar máquinas agrícolas do Brasil. No início de 2013, Brasil e Vietnã assinarão um acordo básico de cooperação técnica em agricultura. O país é um dos maiores produtores mundiais de arroz e café.

Para promover o comércio bilateral, a embaixada vietnamita já realizou um seminário empresarial no Rio de Janeiro e realizará outro em São Paulo no primeiro trimestre do ano que vem. Até março, será realizado um grande evento político em Brasília para consolidar as relações entre os dois países.

Turquia

Também em audiência com a deputada Perpétua Almeida, o embaixador turco no Brasil, Ersin Erçin, disse que é preciso intensificar as relações parlamentares entre os dois países. Ele defendeu a retomada das relações e participação nos debates que já acontecem entre os dois governos.

“Há cinco anos um parlamentar brasileiro não vai à Turquia”, lembrou, convidando a deputada Perpétua Almeida a visitar o país no início de 2013. No dia 5 de janeiro, os ministros de Relações Exteriores do Brasil, Turquia e Suécia se reunirão em Ismir para discutir a retomada da Declaração de Teerã sobre o Programa Nuclear Iraniano, a crise na Síria e o conflito Israel – Palestina.

Segundo o embaixador, a Turquia considera o Brasil seu principal aliado na América Latina e deseja fortalecer o diálogo político com o país, além de pôr em prática o Plano de Ação de Parceria Estratégica assinado em maio de 2010.

Coreia Popular

A Coreia Popular deseja formar uma ‘joint venture’ com empresas brasileiras para a produção de instrumentos musicais e aumentar a importação de carnes e ônibus do Brasil. Além disso, quer vender máquinas para a produção de peças para a indústria brasileira. A informação é do embaixador norte-coreano no Brasil, Ri Hwa Gun.

Ele explicou que o país vive um excelente momento econômico e que a transição política após a morte do líder Kim Jong-il transcorreu sem problemas. O embaixador também informou que a Coreia Popular está promovendo uma série de eventos em todo o mundo para marcar o primeiro aniversário da morte de Jong-il.

Em 2012, duas missões empresariais brasileiras estiveram no país para prospectar as áreas que poderão receber investimentos no futuro. Em 2006, Brasil e Coreia Popular assinaram um acordo básico de cooperação, ampliado em 2010 para um acordo de cooperação econômica. No entanto, nenhum dos dois acordos foi ratificado pelo Congresso, o que inviabiliza o incremento das relações políticas e comerciais.

Brasil e Coreia Popular estabeleceram relações diplomáticas em 2001. Em 2005, os norte-coreanos inauguraram sua embaixada em Brasília. O Brasil abriu a representação diplomática em Pyongyang em julho de 2009.

Da Redação em Brasília
Com informações da Comissão de Relações Exteriores