4 de janeiro: 25 anos da morte de Henfil

A Wikipedia nao conheceu Henfil pessoalmente, então passa pelo cartunista um tanto superficialmente, sem avaliar a tremenda importância que teve para o humor, para os quadrinhos, para o jornalismo e mesmo para a renovação do idioma natal – ele transformava a grafia das palavras em inglês comumente usadas ou das que referiam nomes próprios como, por exemplo, Nova York, que mudou para Nova Iorque – era a sua forma de não se conformar.

Hoje, 4 de janeiro, se completam 25 anos da morte do cartunista, desenhista, jornalista e escritor brasileiro, Henrique de Souza Filho, o Henfil, ocorrida em 1988. Ele incomodava muito – e até hoje – com os ‘tipos’ e as falas dos fradins, a Graúna, Bode Orelhana, Zeferino e, depois, Ubaldo, o paranóico.

Não era controlável – trafegava entre o impresso, o cinema, o teatro, a TV e tambem publicou alguns livros como o ‘Diário de um cucaracha’ (1976) em que falava com os amigos – “procurava sempre o tom intimista de quem dialoga não com um leitor anônimo, mas com um amigo ou conhecido” – como fez em ‘Cartas à mãe’.

Em homenagem à sua morte, foi instituído no Brasil o Dia do Hemofílico, em 4 de janeiro, porque o desenhista sofria dessa doença.

Henfil morreu aos 43 anos, no Rio de Janeiro. Hemofílico (como seus dois irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Francisco Mário), Henfil contraiu Aids em uma transfusão de sangue, ocorrência comum na época, já que havia ainda pouco conhecimento sobre a doença e a necessidade de cuidados específicos para preveni-la.

A data é popular para a reflexão dos brasileiros a respeito da importância da doação de sangue, sendo que o Dia Internacional da Hemofilia é lembrado em 17 de abril. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada 10 mil pessoas sofrem de hemofilia. No Brasil, há cerca de 9 mil hemofílicos.

Com informações de Júlio Hungria (Blue Bus) e agências