Ricardo Alemão Abreu: Fatos e lições das eleições em Contagem

No dia 1º de janeiro, passados exatos 65 dias das eleições de 28 de outubro, tomou posse como prefeito de Contagem o comunista Carlin Moura, ou Carlin 65, como ficou conhecido durante a campanha eleitoral.

Por Ricardo Alemão Abreu*

Com Carlin também tomou posse o seu secretariado, composto por quadros vinculados aos partidos da coalizão que venceu as eleições. Carlin foi eleito com uma votação consagradora. Considerando apenas os votos válidos – sem contar brancos, nulos e indecisos -, no segundo turno das eleições o comunista obteve 71,7% das intenções enquanto o concorrente, o petista Durval Ângelo, somou 28,3% dos votos dos contagenses.

Neste artigo procuro fazer um relato sobre a campanha eleitoral em Contagem, que acompanhei designado pela Comissão Política Nacional do PCdoB, e opino sobre algumas lições que o PCdoB e a esquerda brasileira precisam tirar dessa experiência.

Esse tipo de análise é arriscado, pois é feito somente pouco mais de dois meses depois da vitória de outubro, enquanto alguém disse, um dirigente chinês, salvo engano, que dois séculos eram muito pouco tempo para analisar a Revolução Francesa de 1789 com o devido distanciamento. De qualquer modo, convido o(a) leitor(a) a percorrer comigo os interessantes meses da campanha eleitoral de 2012 na cidade operária de Contagem.

Contagem se situa na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao lado da capital do Estado, de Uberlândia e Juiz de Fora, é uma das cidades mais importantes de Minas Gerais (MG) e do Brasil; é mais populosa que muitas capitais, como Cuiabá (MT), Florianópolis (SC) e Vitória (ES), e seu PIB é similar ao do Estado do Piaui, e maior que o PIB de alguns estados brasileiros como Acre, Amapá e Roraima.

A cidade conta com 610 mil habitantes e 430 mil eleitores, um importante parque industrial e um proletariado numeroso. O PIB municipal é de mais de 20 bilhões de reais e o orçamento municipal para 2013 é de 1 bilhão e 422 milhões de reais.

As principais candidaturas e a campanha eleitoral no primeiro turno

Nas eleições em Contagem concorreram seis candidaturas a prefeito, mas três principais. As três principais candidaturas tinham a possibilidade real de passar para o segundo turno.
A coligação vencedora de Carlin Moura envolveu PCdoB-PDT-PMDB-PSD e outros partidos menores, e contou com 110 candidatos(as) a vereador(a), sendo a mais forte lista de postulantes à Câmara Municipal dentre as principais candidaturas.

O lema de sua campanha foi “Novas prioridades para Contagem”. A candidatura de Carlin teve a força de seu carisma, de uma campanha “boa de rua” e de “corpo a corpo”; propôs superar (“fazer mais e melhor”) a atual gestão, criticando algumas prioridades e propondo mudança, sem ser oposição negativa a ela.

Com bandeiras sintonizadas com o sentimento popular, como a volta das FUNECs e o IPTU residencial gratuito, e sem a rejeição e o desgaste dos ex e atuais administradores, a candidatura de Carlin caracterizou-se como avançada e progressista e propôs “o melhor para Contagem” e “a união” de todo o povo do município.

Com essa proposta unitária, a candidatura de Carlin dialogou com amplos setores políticos e sociais e atraiu dissidentes de ambos os lados da atual polarização política de Contagem. Criou um terceiro campo, alternativo e de superação dos atuais polos da cidade, um polo representado pelos tucanos liderado pelo ex-prefeito Ademir Lucas, e outro liderado pelo PT da ex-prefeita Marília Campos.

A campanha de Carlin teve amplos apoios desde o primeiro turno. O vice-prefeito de Marília Campos, Agostinho Silveira, do PSD, foi um ativo coordenador da campanha e foi destacado participante do Conselho Político da candidatura comunista. Dois senadores e vários deputados federais e deputados estaduais, vereadores, setores do PSB e até petistas apoiaram Carlin desde o primeiro turno.

Além disso a campanha de Carlin contou com importante base social de lideranças de sindicatos, de servidores públicos, de associações comunitárias, entidades estudantis e juvenis, setores religiosos principalmente evangélicos, setor cultural e do entretenimento, policiais militares, empresários e comerciantes.

A principal candidatura no início da campanha era a do ex-prefeito Ademir Lucas, da coligação PSDB-DEM-PP e outros partidos menores. A característica da campanha de Ademir foi a oposição à atual administração municipal, e as bandeiras da campanha foram o retorno de medidas da época em que Ademir era prefeito, como a volta das escolas técnicas chamadas de FUNECs.

E a outra candidatura mais importante foi a de Durval Ângelo, candidato da prefeita Marília Campos e da coligação PT-PSB-PR-PPS e outros partidos menores. Durval tentou “colar” sua candidatura em Marília, Lula e Dilma, e nas realizações da atual gestão de Marília, praças e obras públicas, entre outras. Apostou na força e no carisma da prefeita Marília e conseguiu chegar ao segundo turno, mas não ampliou apoios e perdeu a eleição.

A campanha contra Carlin foi despolitizada e tentou atingir o lado comportamental e pessoal. No entanto, não há críticas políticas consistentes à sua atuação política, e a sua rejeição era bem menor que os dois principais adversários.

Durante praticamente toda a campanha no primeiro turno Ademir Lucas era favorito para ir ao segundo turno. Todos diziam que Ademir perderia no segundo turno, e por isso a estratégia de sua campanha era tentar ganhar no primeiro turno, sendo que para isso seu principal empecilho foi a candidatura de Carlin, que mudou a polarização tucano-petista que caracterizou as últimas eleições em Contagem.

Na pré-campanha e até os últimos dias do primeiro turno, quando arrancou para o primeiro lugar, Carlin sempre esteve em segundo lugar nas pesquisas, atrás de Ademir Lucas e à frente de Durval Ângelo. Talvez o erro principal de estratégia do PT foi não ter indicado o candidato a vice de Carlin nas convenções de junho de 2012.

O debate e a disputa para ir ao segundo turno

Em meados de agosto, uma vez que estava destacado para acompanhar a campanha do PCdoB em Contagem, elaborei um relatório na qual dizia que, “dadas as dificuldades da campanha de Ademir, é possível um segundo turno entre Carlin e Durval”. Àquela altura da campanha, pouca gente acreditava ser possível um segundo turno entre as candidaturas de esquerda.

Quando, mais tarde, perceberam essa possibilidade, as candidaturas de Ademir e Durval atuaram com base em uma espécie de acordo tácito, pois viam o crescimento de Carlin e preferiam um segundo turno sem o candidato comunista, ou seja, a candidatura tucana preferia enfrentar Durval e vice-versa, mantendo assim a polarização prevista e desejada pelas duas candidaturas.

Pesquisas que não correspondiam à realidade foram divulgadas e começou uma pressão da mídia-empresa para que Carlin respondesse quem iria apoiar no segundo turno, como se já estivesse fora da disputa.

Ambas as candidaturas (Ademir e Durval) fizeram um grande esforço para manter a tradicional polarização e impedir que Carlin fosse ao segundo turno, sentindo já a força e o potencial agregador da candidatura de Carlin.

Como dizem em Minas, queriam escolher o adversário. Só esqueceram de combinar com o povo, que dia 7 de outubro levou Carlin ao segundo turno em primeiro lugar com 38% dos votos válidos. Durval ficou em segundo com 31%, e Ademir ficou com 26% e fora do segundo turno.

A derrota dos tucanos e vitória das esquerdas em Contagem

Aécio e Anastasia, no primeiro turno das eleições em MG, foram derrotados em grandes colégios eleitorais de Minas Gerais, inclusive no terceiro maior colégio eleitoral de MG, a cidade de Contagem. Ambos foram para o lançamento de Ademir Lucas e apareciam ad nauseum nas inserções e no programa televisivo de Ademir Lucas.

No entanto, Ademir, três vezes prefeito da cidade, largou na frente nas pesquisas e depois caiu continuamente, perdendo a eleição. Ademir vinha de uma série consecutiva de derrotas eleitorais, perdeu as eleições anteriores para Marília Campos e não conseguiu se eleger deputado estadual em 2010.

Em outras palavras, os grandes derrotados no primeiro turno em Contagem foram os tucanos, principalmente Aécio Neves e o governador Anastasia.

Mais de 73% dos eleitores de Contagem votaram em candidatos de esquerda e progressistas, da chamada base de apoio da presidente Dilma, em coligações lideradas pelo PCdoB, pelo PT e pelo PRB. Esse é o principal recado das urnas do primeiro turno em Contagem, uma enorme maioria de votos para as forças de esquerda e progressistas.

As razões da vitória de Carlin no primeiro turno

Com razão, lideranças do PT avaliaram que Contagem mudou e avançou nas últimas duas gestões da ex-prefeita Marília Campos, que contaram com o apoio e a participação do PCdoB, e também por isso a hegemonia tucana é coisa do passado em Contagem, e o povo está mais consciente.

No entanto, é preciso reconhecer o êxito do discurso e do programa de Carlin para entender o que aconteceu no primeiro turno e, sobretudo o que ocorreu no segundo turno.

A candidatura de Carlin apresentou-se como uma coalizão, nucleada pela esquerda e liderada pelo PCdoB, mas uma coalizão realmente ampla e unida, com um discurso avançado e renovador, defensor das conquistas das administrações anteriores, especialmente as lideradas pelo PT, mas com críticas justas e novas propostas, plenamente sintonizadas com a opinião e o sentimento dos trabalhadores e do povo da cidade.

O papel do Conselho Político da campanha foi fundamental, pelo seu caráter unitário, democrático e representativo, envolvendo as lideranças dos partidos e setores sociais aliados nas principais decisões da linha política, dos rumos e das atividades da campanha. Também foi decisivo empenho dos candidatos e candidatas a vereador e vereadora na campanha.
Além do programa e de uma comunicação eficiente e de alta qualidade, embora feita com recursos limitados, e de uma vibrante campanha de rua que mobilizou o povo da cidade, na qual teve destaque a militância, especialmente a juventude, o carisma e a liderança de Carlin também foram importantes para a vitória eleitoral.

Carlin tem uma trajetória de luta importante na cidade. Foi liderança estudantil secundarista e depois diretor da UNE. Carlin foi diretor da UNE na gestão 1991-1992, presidida por Patrícia de Angelis, e na qual também participei como diretor. Na ocasião lançamos a vitoriosa campanha pelo Fora Collor, que durante a campanha eleitoral completou 20 anos.
Depois Carlin foi advogado dos sindicatos operários da região, vereador e duas vezes deputado estadual, sempre com votações crescentes.

A candidatura de Carlin e a campanha eleitoral em Contagem não “envergonham” o PCdoB, como disseram Durval e líderes petistas mineiros, durante o segundo turno. Ao contrário, Carlin é comunista desde muito jovem, e muito orgulha o PCdoB.

A linha política que norteou a candidatura de Carlin foi ao mesmo tempo ampla e radical, ampla por estar sendo capaz de unir o povo e as forças políticas da cidade em torno de um projeto, e radical pelo caráter de esquerda e avançado do projeto, consubstanciado no programa, e pela força de aglutinação e o potencial de transformação futura.

Essa é a política que o PCdoB, com a sua tradição revolucionária de 90 anos, ensina a seus militantes. Em Contagem, nossos quadros aprenderam a lição e a aplicaram de maneira magistral, com muita seriedade e humildade, respeitando de maneira exemplar os aliados, os candidatos adversários e concorrentes, e o povo.

Para entender o que aconteceu em Contagem é preciso conhecer a política do PCdoB, a nossa experiência exitosa de Olinda, entre outras, e aí talvez não sejam mais surpreendidos por “fenômenos” inexplicáveis, ou por versões mentirosas e distorcidas como as que foram publicadas pela mídia-empresa, a exemplo da Rede Globo e da Folha de São Paulo, que creditaram a eleição de Carlin ao apoio de Aécio Neves no segundo turno.

As alianças no segundo turno das eleições

Carlin liderou a formação de uma ampla coalizão. O consenso na cidade era que estava formada a “maior aliança que a cidade de Contagem já viu”. O lema da campanha no segundo turno passou a ser a “União a favor do povo e da cidade de Contagem”.

Os 7 partidos que apoiaram Carlin desde o primeiro turno, elaboraram o programa da candidatura e formaram um amplo e representativo Conselho Político foram os seguintes partidos: PCdoB, PDT, PMDB, PSD, PTdoB, PTC e PEN. No segundo turno aderiram mais partidos, e a campanha de Carlin chegou ao final do segundo turno com o apoio de 22 partidos.
Dentre os partidos que apoiavam e estavam coligados formalmente com Durval no primeiro turno, 6 partidos – PR, PV, PPS, PSDC, PSL e PRTB, declararam apoio a Carlin no segundo turno.

O PRB, da base da presidenta Dilma, que lançou seu deputado federal George Hilton e teve 5% os votos no primeiro turno, apoiou Carlin no segundo turno. O PTB e o PMN, que não tinham candidato a prefeito no primeiro turno, somente uma chapa de vereadores, também apoiaram Carlin no segundo turno.

E finalmente os partidos que apoiavam Ademir – PSDB, PP,DEM e PSC – não tiveram alternativa e apoiaram Carlin por exclusão. No entanto, é importante explicitar que, antes do apoio desses partidos que fizeram a campanha de Ademir, a candidatura de Carlin já aparecia em pesquisas internas com 67% de intenção de voto, e Durval aparecia com apenas 33%.

Ou seja, praticamente todo o eleitorado de Ademir passou a votar em Carlin, antes da manifestação do candidato derrotado e antes do anúncio do apoio. Isso também nos dá uma ideia da rejeição do candidato petista – que não era o preferido da ex-prefeita Marília Campos durante os debates internos no PT -, em larga parcela da população contagense.

A condição para todos os apoios a Carlin era somente uma: o apoio ao programa da candidatura. Não houve concessão política, muito menos alguma que descaracterizasse política e programaticamente a candidatura de Carlin.

Todos os partidos passaram a integrar o Conselho Político ampliado, do qual sempre fizeram parte também lideranças sindicais, dos movimentos populares, religiosos, e empresários locais.

Carlin em entrevista à imprensa, durante o segundo turno, ressaltou que “em Contagem estamos tendo a capacidade de construir um grande projeto político envolvendo as lideranças políticas e sociais – trabalhadores e sindicais – da cidade. Construímos um amplo leque de alianças, com um programa de governo focado na cidade e com amplitude política”. Disse ainda que essa marca do “diálogo e da amplitude” é um “grande mérito do PCdoB”.

Um segundo turno entre aliados estratégicos

Pela primeira vez PCdoB e PT concorreram com candidaturas próprias que se enfrentaram em um segundo turno de uma eleição no Brasil. Isso aconteceu em Contagem em outubro de 2012. Sobre esse segundo turno é preciso esclarecer algumas falsas percepções e tirar lições.
Em todas as declarações como prefeito eleito Carlin repetiu que as relações entre o PCdoB e o PT em Contagem vão continuar sendo uma relação muito respeitosa, muito digna, pois segundo ele não há nenhum antagonismo entre PT e PCdoB, são partidos políticos que se respeitam, que são partidos irmãos, e da base de sustentação do Governo Dilma.

Avalio que o PT encarou o segundo turno como uma disputa entre dois partidos, entre PT e PCdoB, e não como uma nova eleição, na qual novas coalizões se articulam. O resultado é que de fato o PT não só não atraiu nenhum aliado a mais, como muitos partidos e lideranças, inclusive vereadores eleitos por sua coligação, procuraram a candidatura de Carlin para declarar apoio no segundo turno.

Desde 2011, quando anunciou a pré-candidatura e passou a articular apoios, Carlin foi atacado de variadas formas, e os adversários e inimigos de sua candidatura utilizavam argumentos anti-comunistas, obscurantistas e homofóbicos, que se repetiram durante toda a campanha eleitoral.

Por sua vez, a campanha de Durval Ângelo alegou ter ser vítima de calúnia por parte da campanha de Carlin Moura, que o teria acusado de ser “defensor de bandidos”, pelo fato de Durval ser presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e ter destacada atuação parlamentar nessa área.

É preciso esclarecer que, antes de começar a campanha em julho de 2012, essa já era uma das principais características que apareciam espontaneamente relacionadas à trajetória política de Durval nas pesquisas qualitativas que fizemos.

Ou seja, infelizmente esta era uma das marcas principais de Durval para uma boa parte dos eleitores de Contagem que rejeitavam o petista, fruto de visão preconceituosa e reacionária sobre o tema dos direitos humanos, e que explora os altos índices de violência na cidade.
Imputar a Carlin, ao PCdoB e seus aliados essa rejeição de Durval, deputado estadual há 5 mandatos, é o mesmo que responsabilizar as coligações lideradas pelo PT e pelo PSDB no primeiro turno, pelas décadas de campanha anti-comunista, homofóbica e obscurantista que MG e o Brasil viram durante nossa História, e de que Carlin e o PCdoB foram vítimas novamente nessa campanha eleitoral de 2012.

“Esse foi um segundo turno histórico entre dois partidos aliados. E continuamos aliados. Disputamos uma eleição. Apenas isso. PT e PCdoB são partidos irmãos”, garantiu Carlin Moura, que ainda fez um convite ao PT para participar da administração municipal. A decisão do PT de Contagem foi de não participar da gestão municipal, e de independência em relação ao novo governo da cidade.

É muito provável que de agora em diante o PCdoB enfrente outros concorrentes de esquerda no segundo turno, quando não for possível a desejável unidade da esquerda no primeiro turno das eleições vindouras. É preciso que os partidos de esquerda aprendam a lidar com essas situações, tratando-se mutuamente como aliados, embora concorrentes, e nunca como inimigos, deixando espaço para recompor a aliança mais à frente.

Posse marca um novo tempo para Contagem

Carlin vai governar com um governo de coalizão, contemplando todos os aliados da campanha eleitoral, com a predominância de forças de esquerda e progressistas, e com importante presença do PCdoB. Um governo com novas prioridades, de renovação com a permanência do que houve de melhor da administração anterior, inclusive a manutenção de secretários da gestão de Marília Campos, e sem nenhum tucano no secretariado.

Na Câmara Municipal, tomaram posse 21 vereadores, sendo que mais de dois terços destes apoiam a gestão Carlin Moura. A maior bancada na Câmara é do PT, com 4 vereadores, e a segunda é a do PCdoB, com três vereadores. O PCdoB é o partido que mais cresce na cidade, em todos os campos da luta política, no parlamento e nos movimentos sociais.

Esses são os fatos e algumas lições que procurei tirar dessa rica experiência. A posse de Carlin é só o começo de um novo tempo para o povo e para o PCdoB de Contagem.

* Ricardo Alemão Abreu é secretário de Relações Internacionais do PCdoB, membro da Comissão Política Nacional destacado para acompanhar as eleições em Contagem