MEC: cotistas de Universidades Federais receberão bolsa de R$ 400

Ministério da Educação informou, nesta quinta-feira (10), que estudandes de baixa renda matriculados em universidades federais em cursos de carga horária intensiva (5h por dia) receberão, a partir de maio, o valor de R$ 400 para ajuda de custo com os estudos.

Em declaração à imprensa, o ministro Aloizio Mercadante destacou que o valor é o mesmo pago atualmente aos estudantes bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). A intenção é dar um cartão a esses estudantes como hoje ocorre com beneficiários do Bolsa Família.

"Para esses estudantes que optarem por cursos com mais de cinco horas de jornada, eles terão direito a uma bolsa de R$ 400 por mês assim que entrarem na universidade ao longo de todo o curso" frisou o ministro

Segundo ele, o repasse, assim, não será feito pela universidade federal onde o aluno estará matriculado, mas diretamente pelo Ministério da Educação.

Estrutura

Para Mercadante garantir o ingresso desse aluno na universidade sem garantir uma ajuda financeira para sua permanência na instituição não é o caminho. "Um aluno de baixa renda, de uma família pobre, que entra num curso de medicina e vai no mínimo [estudar] 5 horas de aula por dia, além das tarefas que ele tem…Imaginar que ele possa ficar 6 anos sem nenhuma renda complementar não é realista."

Atualmente, o governo já paga um benefício de R$ 400 para alunos de mesmo perfil que sejam bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni), que dá bolsas para alunos de baixa renda que estudem em instituições de ensino superior privadas.

Para a antropóloga Yvonne Maggie, professora do Departamento de Antropologia Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), adotar essa política pública no Brasil, é importante dar condições para que os cotistas possam estudar. Ela diz que o sistema de cotas, por si só, tem um custo zero para o Estado. Com as bolsas, há uma contrapartida financeira do poder público para ajudar os estudantes sem condições. Segundo a professora, é fundamental que os estudantes pobres tenham dinheiro para despesas como condução, alimentação e fotocópias.

Com agências