Estudantes fazem novo protesto em Santa Maria no RS

Moradores de Santa Maria expressam sua dor e ansiedade por resultados concretos da investigação sobre o incêndio na boate Kiss, no domingo (27). Na terça-feira (29), mais um protesto tomou conta das ruas centrais da cidade, que reuniu cerca de 300 pessoas. O grupo marchou no final da tarde da Câmara de Vereadores até a Delegacia Regional de Santa Maria, onde o caso é apurado. As faixas e palavras de ordem cobravam justiça das autoridades.


foto: Wilson Dias/ABr

Marcelo Arigony, Delegado Regional, fez um discurso para os participantes. Segundo ele, tudo está sendo feito para que a justiça seja cumprida. “Vamos trabalhar incansavelmente para que todas as responsabilidades sejam apuradas”, disse o delegado, com o megafone.

A manifestação, formada por muitos jovens estudantes, terminou em frente ao prédio da Sociedade União dos Caixeiros Viajantes (SUCV), onde fica localizado o gabinete do prefeito Cezar Schirmer (PMDB), pedindo o seu pronunciamento. A chefe de gabinete do prefeito, Magali Marques da Rocha, conversou com os manifestas e mostrou documentos que, segundo ela, eximem a culpa do governo municipal.

Para a imprensa, Marcelo Arigony, que coordena as investigações do incêndio da Boate Kiss, declarou ter certeza de que o funcionamento do estabelecimento era irregular. De acordo com ele, uma série de circunstâncias possibilita “até a uma criança” concluir que a casa não deveria estar funcionando.

Ele relatou que há indícios de que houve irregularidades nos extintores, na iluminação do banheiro, na largura da porta, na disposição da casa e na lotação do estabelecimento. “Porque eu tenho certeza de que alguma irregularidade havia? Porque, se uma dessas circunstâncias se confirmar, já se comprovaria [a irregularidade]”, disse.

A polícia apurou, ainda, que a banda não usou fogos de artifício adequados para ambientes internos. “Nós já fomos até a quem vendeu. Tinha nota fiscal e ele [membro da banda] não comprou de fogo frio [adequados para interiores]”, explicou Arigony, que ainda não tinha tido acesso aos documentos e alvarás do estabelecimento até o início da noite de terça (29).

Com agências