Olívia Santana sobre o novo desafio: “Tenho um brilho no olhar”

A ex-vereadora Olívia Santana passa a integrar a equipe do governo Jaques Wagner a partir de fevereiro. A nova gestora estadual assume a chefia de gabinete da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), para atuar ao lado do secretário Nilton Vasconcelos. Com “um brilho nos olhos”, relatado por ela mesma, a comunista falou ao Vermelho sobre o seu novo desafio.

Portal Vermelho: Como recebeu a notícia de que foi escolhida para a chefia de gabinete da Setre?
Olívia Santana:  Primeiro, é uma honra e eu agradeço ao partido. Essa foi uma decisão da direção do PCdoB, do secretário Nilton Vasconcelos, que é uma figura que tenho muita admiração por ele. Tenho muita disposição para contribuir com o trabalho que ele já vem realizando à frente da Setre, na agenda do Trabalho Decente, nos programas de pró-equidade e, principalmente, os programas de formação de jovens, do jovem trabalhador. Vivemos em um estado que tem altos índices de desemprego e é fundamental a nossa colaboração no sentido de criar oportunidades para a juventude, principalmente, porque nós sabemos que a Bahia é campeão em famílias que fazem parte do programa Bolsa Família. Portanto, a forma de inserir socialmente esse segmento populacional é exatamente não só atender emergencialmente, mas ampliando as oportunidades de qualificação e de ingresso efetivo no mercado de trabalho. Estou com muita disposição, um brilho no olhar e com vontade de colaborar.

Pelo que disse, parece já estar inteirada do trabalho que é feito na secretaria. Mas qual a marca que pretende dar? O que de Olívia vai levar para lá?
Um pouquinho [inteirada]. Eu quero levar a minha experiência. Já fui secretária de Educação do município, sou educadora e por isso tenho muito interesse na área de qualificação porque qualificação é educação para o trabalho e pelo trabalho. Fui técnica-pedagógica, durante muitos anos, no Liceu de Artes e Ofícios e acho que posso levar um pouco dessa experiência para a Setre. Sei que já vem sendo desenvolvida uma série de programas importantes, mas acho que posso dar uma contribuição, com olhar de gênero e raça, nesse mundo do trabalho. Sei que a secretaria também já tem programas desenvolvidos nessa direção, mas acho que a gente pode ampliar ainda mais. Me encanta o trabalho em relação às empregadas domésticas. Esses são elementos que fazem parte da minha história e que eu acho que posso contribuir.

A imprensa especulou demais o seu destino. Virou quase uma novela: “Para onde vai Olívia?”. Esse é o ponto final?
[Risos] Pois é, ponto final nessa história. Na verdade, o tempo da notícia não é o tempo da política. Principalmente para um partido como o PCdoB. A gente debate, temos os nossos fóruns, e nós não poderíamos jamais atropelar os fóruns de decisão do partido para atender a especulações que a imprensa possa fazer. Alguns tiveram a prudência, me procuraram, mas a grande maioria não. Muitos davam a notícia assim: “Exclusivo! Olívia vai para tal lugar” e não existia nada daquilo porque estávamos discutindo possibilidades ainda, na esfera do PCdoB.

De Salvador,
Erikson Walla