China: Pedido japonês na Unesco é uma nova provocação

O plano de incluir as Ilhas Diaoyu da China na inscrição do Japão na lista de locais de patrimônio mundial natural da Unesco é obviamente uma provocação.

O plano, uma vez iniciado, aumentará com certeza a tensão entre a China e o Japão nas disputas de território.

O governo japonês estava se preparando para adicionar as Ilhas Amami e Ryukyu à lista, e a cidade de Ishigaki sugeriu no início deste mês incluir as Ilhas Diaoyu nesta inscrição, de acordo com a imprensa japonesa.

O objetivo fundamental do ato é obter o reconhecimento disfarçado de uma organização internacional sobre a soberania japonesa das Ilhas Diaoyu da China.

Segundo o procedimento da Unesco, um país deve primeiramente elaborar um inventário dos importantes locais de patrimônio natural localizados dentro de suas fronteiras para iniciar a nomeação, o que significa que a soberania desses locais é um pré-requisito para a inscrição.

O governo de Ishigaki já está com um projeto de plano e propôs enviar equipes de pesquisa às Ilhas Diaoyu para buscar materiais e dados suficientes a fim de convencer as autoridades japonesas e a Unesco.

Quaisquer que sejam os resultados da aplicação, a própria proposta de desembarcar nas Ilhas Diaoyu é obviamente uma "ação política" provocativa contra a soberania chinesa.

O Japão é o promotor da crise das ilhas iniciada no ano passado, e a nova tentativa japonesa de incluir as Ilhas Diaoyu em uma aplicação à Unesco pode ser uma réplica da conspiração de "nacionalização" que tenta levar as Ilhas Diaoyu da China.

No ano passado, o governo metropolitano de Tóquio e o governo central do Japão orquestraram a "compra" das Ilhas Diaoyu, que causou severas disputas entre os dois países e levou os laços bilaterais a uma nova baixa desde a normalização das relações diplomáticas dos dois países há quarenta anos.

A provocação do Japão desta vez causará com certeza a oposição firme e medidas defensivas da China.

A China sempre defende uma solução da crise das Ilhas através do diálogo e negociações. No entanto, a linha final da China permanecerá a mesma e o país nunca hesitará em sua determinação de defender sua soberania.

Indubitavelmente o desenvolvimento da situação depende da atitude e ação do Japão, que iniciou e agravou a disputa e a crise sobre as ilhas.

O próximo passo do Japão demonstrará ao mundo se esse país respeita ou não a ordem internacional pós-guerra e aprecia a estabilidade na região Ásia-Pacífico.

Fonte: Rádio Internacional da China