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O movimento sindical e os 51 anos da reorganização do PCdoB 

No dia 18 de fevereiro de 2013 completaram-se 51 anos da reorganização do Partido Comunista do Brasil. Uma data com sentido histórico e estratégico, mas também com grande legado ideológico.

Divanilton Pereira* 

Registrando essa passagem no encerramento da reunião, Nivaldo Santana, pontuou que ao longo desses anos, nunca o sindicalismo brasileiro teve tanto protagonismo político. Foi dele – com todas suas contradições e insuficiências – que emergiu e consolidou-se como grande liderança nacional, o sindicalista e presidente Lula. O PCdoB também se considera artífice desse novo ciclo político vivido pelo país.

Essa virada histórica no Brasil, continuou ele, tem muitos complexos contornos, com idas e vindas, o que exige permanente disputa com unidade e luta entre aqueles que lideram esse processo.

O sindicalismo classista, do qual o Partido é seu maior depositário e condutor, tem clareza dessa inédita experiência. Destacou ainda que não se deve creditar a algumas insuficiências do sindicalismo – corporativismo e economicismo – como os obstáculos maiores ao sucesso do projeto popular e democrático em curso. A grande dificuldade para que esse projeto avance ainda mais está numa insuficiência maior, na ausência de um projeto nacional estratégico classista. “A nossa luta, com nossa relativa independência é nessa direção”, afirmou Nivaldo.

Os classistas, segundo o secretário sindical, souberam identificar essa nova quadra política, articularam-se e constituíram em cinco anos uma central sindical com crescente protagonismo político.

E que as mudanças políticas no Brasil, apesar de importantes, não são capazes de domesticar o capital, ou tornar o mundo do trabalho democrático e harmonioso. Pelo contrário, a sua fúria continua e para esse enfrentamento, seja tático pelos avanços atuais; ou estratégico, pelo socialismo, "não há outro agente político capaz de realizar as grandes transformações, que não seja a classe trabalhadora com sua força motriz. A centralidade do trabalho é irreversível”, concluiu.

*Divanilton Pereira é membro da Secretaria Sindical Nacional do PCdoB