Conselho de Segurança adota novas sanções contra Coreia Popular

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira (7) uma nova resolução que estabelece novas sanções contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), em represália ao teste nuclear realizado pelo país no mês de fevereiro.

O documento foi adotado por unanimidade pelos 15 membros do órgão: Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China, Argentina, Guatemala, Azerbaijão, Austrália, Luxemburgo, Togo, Ruanda, Marrocos, Paquistão e Coreia do Sul.

Leia também:
Coreia Popular condena método rotineiro de agressão dos EUA

O texto condena o teste nuclear de 12 de fevereiro e exige à Coreia Popular que não realize mais "lançamentos que utilizem tecnologia de mísses balísticos, ensaios nucleares nem nenhum outro ato de provocação".

Além disso, exigem que Pyongyang se retrate imediatamente de sua decisão de retirar-se do Tratado de Não Proliferação Nuclear e ratifica as sanções impostas contra a RPDC em 2006 e 2009.

Nesse sentido, o Conselho de Segurança também tomou medidas diante do que chamou de "atividades ilícitas" de pessoas pertencentes ao corpo diplomático da RPDC, assim como as relações financeiras desse país e restrições de viagens a personalidades e funcionários.

Também sancionou o país contra "movimentos de grandes somas de dinheiro" em espécie, a abertura de novas sucursais, representações ou filiais de bancos desse país e das oeprações bancárias que possam estar relacionadas com o programa nuclear da Coreia Popular.

Igualmente, determinou a inspeção de toda a carga que se encontre em território de outros estados ou em trânsito e cuja origem ou destino seja a RPDC ou que tenha sido negociada ou facilitade por esse país.

A resolução dispôs também a proibição de viajar para três pessoas e o congelamento de ativos financeiros da Segunda Academia de Ciências Naturais da RPDC e da Corporação Geral Importadora de Equipamentos.

Após a aprovação desse acordo do Conselho de Segurança, os representantes permanentes na ONU da Rússia, Vitaly Tchurkin, e da China, Li Baodong, defenderam a desnuclearização da Península Coreana como um todo – retirando as armas nucleares dos EUA acantonadas na região – e a reabertura do diálogo pacífico nessa região.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a resolução de hoje constitui uma "mensagem inequívoca" à RPDC de que a chamada "comunidade internacional não tolerará a corrida pelas armas nucleares e questões vinculadas a esse tema".

Fonte: Prensa Latina