Protestos marcam primeira reunião da CDH na Câmara 

Em meio a muito tumulto, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara realizou a primeira reunião sob o comando do novo presidente, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), na tarde desta quarta-feira (13). Apoiadores do pastor também estiveram presentes à reunião, que se desenvolveu sob palmas, vaias, gritos de apoio e protestos durante todo o tempo.

Na reunião, foram discutidos e aprovados requerimentos para realização de audiências públicas sobre diversos assuntos, como o requerimento que convida o secretário de Segurança do Acre, Ildor Reni Graebner, e o delegado Nilton Boscaro para prestarem esclarecimentos a respeito de denúncias de maus-tratos e casos de abuso sexual no sistema prisional do Acre. Também foi aprovado pedido para que a Embaixada do Brasil na Bolívia interceda em defesa dos torcedores brasileiros que estão presos naquele país.

No início da reunião, a vice-líder do PT, deputada Erika Kokay (DF), e o deputado Nilmário Miranda (PT-MG) questionaram o quórum para a abertura dos trabalhos. O presidente da Comissão de Direitos Humanos negou os pedidos de verificação de quórum e a palavra à deputada Erika Kokay, que disse não reconhecê-lo como presidente do colegiado.

O deputado Mario Heringer (PDT-MG) informou que vai questionar a validade da reunião desta quarta, por causa da forma como Feliciano conduziu os trabalhos. “Ele atropelou o regimento, começou sem quórum, suspendeu a leitura da ata da reunião anterior”, afirmou. Segundo o parlamentar, houve dois inícios: “começou sem quórum e começou na hora que ele disse que tinha quórum”. Heringer defende que a reunião seja anulada.

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), sugeriu que o presidente da Comissão de Direitos Humanos renunciasse ao cargo. Feliciano afirmou várias vezes que não vai ceder às pressões e permanecerá como presidente do colegiado.

Na abertura dos trabalhos, o deputado Pastor Marco Feliciano pediu desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas por declarações que ele fez no passado e colocou seu gabinete e a presidência da comissão à disposição da sociedade. O parlamentar é acusado de racismo e homofobia e vem recebendo várias manifestações contrárias à sua permanência na comissão.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara