Mortos por deslizamentos devido à chuva chega a 18 em Petrópolis

Chega a 18 o número de mortos em decorrência da chuva em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Os dados foram divulgados pelo Corpo de Bombeiros por volta das 11h desta terça-feira (19). A chuva ainda deixou outras 18 pessoas feridas e 560 desalojadas e desabrigadas.


Bombeiros trabalham em áreas afetadas por chuvas intensas em Petrópolis / Tânia Rêgo/ABr

Por volta das 6h desta terça, os bombeiros retomaram as buscas pelos desaparecidos nos pontos mais críticos atingidos pelo temporal. Durante a madrugada, 18 sirenes tiveram que ser tocadas nas comunidades apenas por questão de alerta. Durante as 24 horas anteriores de chuva, o índice pluviométrico do bairro Quitandinha, o mais atingido pelo temporal, chegou a 428 milímetros, quase o dobro do esperado para o mês inteiro.

O bairro Independência, que teve três mortes confirmadas, também foi bastante afetado. "Desde o início da operação, fizemos 37 ações de busca e resgate, resgatamos 39 feridos e, lamentavelmente, na noite de ontem, computamos a décima sétima vítima fatal", informou o secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, no início da manhã.

Na segunda-feira (18), a presidenta Dilma Rousseff defendeu a adoção de medidas "um pouco mais drásticas" para retirar pessoas que se recusam a sair de áreas com risco de desastres, ao comentar a chuva em Petrópolis neste fim de semana.

"A nossa prevenção, hoje, avisa as pessoas. Eu acho que vão ter de ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar, porque aí não tem prevenção que dê conta, se você fica numa região, num determinado lugar, mesmo sabendo que tem que sair, né?", afirmou, em entrevista, após visita à sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, onde participou da missa inaugural do pontificado do Papa Francisco.

A presidenta chamou a atenção para o fato de ter chovido 300 mm em 24 horas. Na manhã desta segunda, Dilma ligou para o governador Sérgio Cabral oferecendo ajuda. No Brasil, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi mobilizada para, segundo Dilma, prover "todos os recursos necessários para que não haja mais vítimas".

Fonte: G1