Desigualdade nos EUA leva número recorde à assistência alimentar

Os super-ricos nos Estados Unidos representam 0,019 por cento da população e estão concentrados em meia dezena de cidades norte-americanas, revelou um informe do Martin Prosperity Institute

Occupy Chicago - Associated Press

Em setembro de 2011, o movimento de manifestação popular Occupy Wall Street ganhou notoriedade ao denunciar a extrema desigualdade no país, causada pelo 1% dos habitantes: as grandes corporações e bancos com maiores ativos.

Entretanto, os números atualizados indicam que a cifra é ainda menor. Os indivíduos com valores financeiros ou fortunas iguais o maiores que 30 milhões de dólares somam 60.657 pessoas, entre uma população geral de 315 milhões.

Quanto à distribuição metropolitana, estes grandes capitais encontram-se localizados em Nova York, São Francisco, Los Angeles, Chicago, Houston, Washington D.C. e Dallas.

Uma cifra recorde de 42,2 milhões de estadunidenses caiu, no último novembro, sob o programa federal de auxílio para pobres, que distribui selos com direito a comida subsidiada, segundo outro estudo da Sunlight Foundation.

A mesma organização não-governamental calculou que uma pessoa integrada ao plano chamado Food Stamp pode dispor de um orçamento adicional valorado em cerca de dois dólares (o custo de uma xícara de café) para comprar um jantar médio.

O uso dos bônus para alimentos disparou nos Estados Unidos desde o colapso do sistema financeiro, há cinco anos. Segundo o Departamento de Agricultura, esta opção aumentou em 70% desde 2007 e não diminuirá até que caiam os números do desemprego.

A Sunlight Foundation apontou que o plano de ajuda governamental chamado oficialmente de Programa Assistencial Nutricional Suplementar significa uma distribuição anual próxima a 72 bilhões de dólares, que se somam ao já avultado déficit nacional.

Embora tenha havido ajustes desde dezembro no panorama industrial, a macroeconomia nacional segue lidando com um remanescente de quase 15 milhões de desempregados e subempregados, e mais de 40 milhões núcleos familiares com baixa renda.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho