Ativistas pedem punição para responsáveis pelo golpe militar

Um ato na Cinelândia, no Centro do Rio, reúne cerca de 200 pessoas e relembra o golpe militar de 1964, que completou 49 anos nesta segunda-feira (1º). Manifestantes da UNE, do PCdoB, do PSTU, do Tortura Nunca Mais e de outras entidades fazem um protesto a favor da punição dos crimes de militares durante o período e da abertura dos arquivos do regime.

Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Juventude Socialista do PSB, Levante Popular da Juventude, do Tortura Nunca Mais e de partidos políticos como o PCdoB, PT e PSTU e da sociedade civil organizada pediram punição para os responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura militar.

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Lideranças estudantis, parentes de vítimas e políticos também cobravam mais empenho nas investigações que estão sendo conduzidas pela Comissão Nacional da Verdade. A jornalista Hildergard Angel, irmã de Stuart Angel e filha de Zuzu Angel, vítimas da ditadura, disse que a Cinelândia, local da manifestação, é um marco da luta pela democracia no país. A Cinelândia, durante o regime militar, foi cenário de vários atos de protesto contra os militares.

O presidente da UNE, Daniel Iliescu, em seu discurso, disse que a manifestação é “um contraponto aos atos de apoio realizados por aqueles que tentam comemorar o período sombrio da história do país, marcado pela ditadura militar”. Ele ressaltou que foi em 1º de abril de 1964 que a ditadura incendiou a sede da UNE na Praia do Flamengo”.

Daniel também falou sobre as ideias defendidas pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) em favor do regime militar instalado no país em 1964. “A gente o conhece e sabe as ideias defendidas por ele [Bolsonaro]. A diferença é que hoje ele pode fazer isso sem ter que pagar com a própria vida. Felizmente, ele representa um pensamento minoritário no Parlamento”, ressaltou.

Fonte: Agência Brasil e O Globo