Economia da região domina agenda de Cúpula asiática

Sob o lema "Nosso povo, nosso futuro juntos", começa nesta quarta-feira (24) em Brunei a 22ª cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) com uma agenda dominada pela economia, sem excluir também o problema de conflitos territoriais.

Os 10 Estados membros do bloco enfatizarão na reunião o projeto de criação de uma comunidade, quando só faltam dois anos para chegar à data meta de instauração. O processo completou 77,5% do plano traçado, segundo o secretário-geral Lee Luong Minh.

Lee afirmou recentemente em Jacarta que já foram eliminadas 99% das tarifas tributárias alfandegárias entre os integrantes e os denominados aliados externos, China, Austrália, Índia, Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia com os quais a Asean assinou um acordo de Associação Regional de Economia e Entendimento.

No entanto permanece em vermelho, sem avanço a curto e nem médio prazo o problema das brechas de desenvolvimento dentro dos países membros da associação, proposto em anteriores cúpulas como um obstáculo a superar em uma perspectiva comunitária.

Luong Minh interveio na conferência de ministros de comércio do Foro de Cooperação Ásia-Pacífico, cujos ecos devem ser sentidos na associação do Sudeste Asiático como para acelerar os passos para a comunidade a tom com a tendência integracionista em um mais amplo espaço regional.

Para a 25ª jornada foi programada uma sessão especial consagrada precisamente a esse tema, com apresentações a cargo de Brunei, que preside a Asean, Indonésia, Malásia e Filipinas, informaram os anfitriões da sede.

Por sua vez, Indonésia, Malásia e Tailândia propõem-se assinar a formação de um chamado triângulo do crescimento enquanto à margem da plenária geral, os chefes de Estado e governo destes dois últimos países, mais Cingapura, Vietnã e Cambodja realizarão encontros bilaterais.

Apesar da prioridade econômica da agenda, meios de comunicação revelam que o presidente filipino Benigno Aquino levantará a questão sobre o conflito no Mar Oriental, com o propósito de estimular a implementação da Declaração de Conduta das partes nessa área de conflito e a elaboração de um código de comportamento.

A presença do governante de Miamar, Thein Sein, tem particular importância, já que lhe corresponderá acolher e liderar a cúpula da Asean em 2014, com a contagem regressiva mais curta então para o surgimento da comunidade econômica.

Fonte: Prensa Latina