Apeoesp decide encerrar greve dos professores em São Paulo

Apesar de a maioria dos professores terem votado pela permanência da greve, iniciada no dia 22 de abril, a presidenta de Apeoesp, Maria Izabel Noronha, anunciou, nesta sexta-feira (10), o fim da paralisação da rede estadual dos professores de São Paulo, gerando revolta em parte dos manifestantes. Aproximadamente duas mil pessoas se concentravam no local por volta das 16h, de acordo com a Polícia Militar.

Greve dos professores - Adriano Vizoni/Folhapress

Entre as decisões está a diminuição do tempo que professores temporários precisam permanecer fora do cargo após término do contrato. Os professores temporários também não precisarão mais passar por outra avaliação contratual além da avaliação de qualidade feita pela secretaria. "Não tinha mais motivo em continuar uma greve com a participação de só 10% da categoria", afirmou Maria Izabel.

Entre as reivindicações da categoria estão o aumento salarial de 36,74% e a implementação de uma lei nacional, que prevê que 33% da jornada de trabalho dos professores seja destinada à preparação de aulas e à formação continuada. O sindicato marcou outra reunião com a secretaria na próxima semana para discutir outras reivindicações.

A proposta de reajuste do governo, em projeto na Assembleia Legislativa, é de 8,1% neste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um professor que leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$ 2.257,84 em 2013. Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.

A Secretaria reiterou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”

Com informações do UOL