Irã realiza amplas discussões sobre programa nuclear

O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Said Yalili, chegou nesta quarta-feira (15) a Istambul, Turquia, para se encontrar com chefe da Política Externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

Yalili, depois de sua chegada à Turquia, anunciou durante uma breve entrevista coletiva que não fará prejulgamento sobre as possíveis respostas de Ashton, e que esperará a realização da reunião prevista para a noite desta quarta.

Segundo Yalili, na segunda jornada de diálogos levada a cabo em Almaty, capital do Cazaquistão, com o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China mais a Alemanha), o Irã apresentou propostas equilibradas e o Sexteto pediu um prazo de quatro dias para responder, mas durou mais tempo.

Está previsto que a parte europeia também chegue à Turquia na tarde desta quarta-feira para que ambas as partes iniciem a próxima rodada de conversações entre o Irã e o G5+1.

Cabe destacar que na última rodada de diálogos entre o Irã e o G5+1, realizada em 5 e 6 de abril em Almaty, depois que o país persa apresentou uma proposta integral, ambas as partes acordaram encontrar-se novamente na Turquia para que Ashton anuncie o resultado de suas consultas com os membros do Sexteto.

Paralelamente a esta reunião, o embaixador do Irã perante a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltanieh, se encontrará em Viena, capital da Áustria, com o subdiretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Herman Nackaerts.

O encontro de Viena tem como objetivo redigir uma nova modalidade através da qual Teerã possa contestar as questões da AIEA sobre o tema da Possível Dimensão Militar (PMD, na sigla em inglês) de seu programa de energia nuclear.

Apesar de que o Irã defende que o objetivo de seu programa nuclear é gerar energia para uso civil e pacífico, os Estados Unidos e alguns de seus aliados insistem em acusar Teerã de que suas atividades nucleares podem ter objetivos militares.

O Irã, além de rechaçar tais acusações, recorda que, como membro da AIEA e signatário do Tratado de Não Proliferação (TNP), tem o direito de adquirir e desenvolver tecnologia nuclear com fins pacíficos.

Press TV