Plano Diretor de SP tentará levar moradores ao centro 

Nas periferias, dar incentivos, como redução de impostos, para que empresas se instalem e aproximem os empregos das casas dos moradores. No centro expandido, onde estão os postos de trabalho, atrair pessoas para morar. As propostas estão no novo Plano Diretor Estratégico da prefeitura, um conjunto de diretrizes urbanísticas para definir como a cidade de São Paulo deve se desenvolver nos próximos dez anos.

No campo político, um dos objetivos é inserir a ideia do Arco do Futuro, proposta de Fernando Haddad (PT). O último Plano Diretor foi feito em 2002, na gestão Marta Suplicy (PT).
 
As audiências públicas para ouvir sugestões da população começaram em abril e devem seguir até o início de junho. O projeto será entregue pelo prefeito Haddad no segundo semestre à Câmara Municipal, onde será votado.

"Agora, a ideia fundamental é criar uma cidade onde as pessoas possam se deslocar menos e tenham acesso a serviços, comércio e lazer mais perto de onde vivem", diz Nabil Bonduki, vereador pelo PT, relator do plano e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Desafios

O professor da FAU-USP Emílio Haddad afirma que, além de fixar as diretrizes urbanísticas da cidade, um dos principais desafios do plano é implementá-lo na prática.

O urbanista Renato Cymbalista lembra que o plano em vigor previa o aumento do IPTU para imóveis vazios em toda a cidade. A medida, porém, foi levada adiante somente na região central

Esse instrumento, afirma ele, "forçaria os proprietários a colocarem seus imóveis no mercado, aumentando a oferta e viabilizando novos empreendimentos de habitação de interesse social em áreas bem localizadas".

Fonte Folha de S. Paulo