Brasília faz debate sobre direitos humanos em praça pública 

Brasília realizou, na noite desta quarta-feira (22), na Praça do Balaio Café, sessão da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Minorias. Nos mesmos moldes da sessão da Comissão Extraordinária de São Paulo que realizou-se no dia 25 de abril, na Praça Rosa (antiga Praça Roosevelt). A Comissão Extraordinária é uma afirmação de valores ameaçados hoje pela condução do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara.  

Brasília faz debate sobre direitos humanos em praça pública

Valores como a tolerância, a diversidade, a convivência, o diálogo, a inclusão e a construção de políticas públicas que se assentem sobre os princípios de um Estado laico, como determina a Constituição, são ameaçados pelo pastor que se notabilizou por declarações racistas e homofóbicas.

O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) reafirmou que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara está esvaziada, lamentando que não exista espaço no Parlamento para o debate das pautas de direitos humanos. E para demonstrar a insatisfação com essa situação, parlamentares e movimentos sociais uniram-se nessa iniciativa.

O evento, que pretende ser um espaço alternativo de debate das temáticas da CDH da Câmara, aconteceu seguindo os ritos das reuniões nas comissões formais da Câmara. Esta também foi composta por uma mesa, da qual participaram deputados da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos e ativistas. O público também teve direito à palavra por meio de inscrição prévia no momento.

Além da discussão sobre os homossexuais, o encontrou também abordou temas como a luta dos indígenas no Brasil, dos negros, da população carcerária, dos seguidores das religiões afro-brasileiras e da população de rua.

Além dos deputados ligados à temática, como Erika Kokay (PT-DF), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Domingos Dutra (PT-MA), o evento contou com a presença de representantes da Marcha das Vadias do Distrito Federal, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) entre vários outros.

Da Redação em Brasília