Desemprego na França atinge 10,8% da população

De acordo com a entidade, o desemprego aumentou três décimos em todo o país em relação ao período outubro-dezembro de 2012.

No território metropolitano, que abarca a parte continental mais a ilha de Córsega, sem os departamentos de ultramar, o indicador é de 10,4%.

Para seus cálculos trimestrais, o Insee utiliza os parâmetros estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho, que são diferentes dos utilizados nos relatórios mensais da agência estatal Pole Emploi.

Em ambos casos, no entanto, se demonstra que o desemprego cresce no país de maneira constante desde meados de 2011.

Mais de 3,2 milhões de pessoas estão sem nenhum tipo de ocupação na França. Se foram considerados os que têm trabalho de tempo parcial ou com salários reduzidos, a cifra chega a 5 milhões.

Segundo o presidente François Hollande, ainda é possível começar a reverter esta tendência antes do fim de 2013, mas a maioria dos estudos indicam o contrário.

A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico advertiu em um recente relatório que o desemprego continuará crescendo até 2014 devido à complexa conjuntura do país e da zona do euro.

Projeções parecidas foram feitas pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. A França entrou em recessão em 2013 e, no melhor dos casos, o Produto Interno Bruto crescerá um 0,1%.

Economistas afirmam que para começar a gerar novos postos de trabalho e retroceder o desemprego, a economia deve crescer 1,5% de maneira sustentada , uma cifra bastante distante da realidade.

O governo pôs em prática vários programas para combater o fenômeno do desemprego, mas até o momento não estão dando os resultados esperados.

Dos 100 mil novos postos prometidos em um ano, graças ao plano "Empregos do futuro", só foram registrados 20 mil nos primeiros seis meses do programa, lançado no final de setembro de 2012, reconheceu o premiê Jean-Marc Ayrault.

Fonte: Prensa Latina